17 de mar. de 2011

De: Zero Hora

Carolina Bahia

A farsa das MPs
O excesso de medidas provisórias é uma distorção, mas não é sincera a indignação de deputados e senadores contra o uso deste instrumento. O presidente do Senado, José Sarney, está apenas fazendo marola ao criticar as MPs e propor alterações que provocam polêmica com a Câmara. Um falso debate, que serve de cortina de fumaça para os temas que deveriam realmente estar tomando conta do Senado, como uma verdadeira reforma política e a moralização da área administrativa. Os parlamentares preferem pedir ao governo a edição de uma medida provisória para resolver problemas dos Estados do que o encaminhamento de projetos de lei. Se a regulamentação das MPs fosse para valer, os líderes estariam costurando um acordo, como acontece quando um assunto prospera no Congresso. Bate-boca pela imprensa é sinal de farsa.
Pacificados
 Os senadores gaúchos Paulo Paim (PT) e Ana Amélia Lemos (PP) foram recebidos, à noite passada, na residência do senador Pedro Simon (PMDB), em Brasília. O jantar, oferecido pela esposa de Simon, Ivete, já é uma tradição cordial entre os representantes gaúchos. No cardápio: ravióli ao molho de laranja; de sobremesa, sorvete com sopa de frutas vermelhas.
Filial
Está em fase final de aprovação a criação do escritório político da presidente Dilma Rousseff em Porto Alegre. Dois locais estão sendo analisados: um na Zona Norte, próximo ao aeroporto Salgado Filho, e outro na Zona Sul, nas cercanias do apartamento de Dilma na capital gaúcha. A expectativa é de que a presidente bata o martelo até o fim do mês.
Esquenta
O empresário Jorge Gerdau faz parte do seleto grupo de executivos que se reunirá com o presidente dos EUA, Barack Obama, e a presidente Dilma Rousseff, no próximo sábado, em Brasília. Antes, na sexta-feira, Gerdau participa de jantar preparatório, em que também deve estar presente o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
PARA CONFERIR ali adiante
Cautela
Apesar do desafio de ampliar as exportações para os Estados Unidos, a estratégia dos negociadores brasileiros é escutar muito mais do que falar. O Brasil quer ampliar a venda de produtos com alta competitividade, como carnes, e ainda conquistar a redução das taxas para a venda de etanol. Há um consenso, no entanto, de que a reunião será apenas o início das negociações. Nem mesmo o acordo que validaria o tempo de contribuição para a previdência entre EUA e Brasil será assinado.