21 de mar. de 2011

Da:Zero Hora

CAROLINA BAHIA
Crédito de confiança
O principal receio do Planalto foi superado. Na melhor prova de que a criatura pode alcançar o criador, a pesquisa Datafolha mostra que Dilma Rousseff inicia o mandato com a aprovação de 47% dos brasileiros. É o recorde de Lula no começo do segundo mandato, quando ele colhia os louros do Bolsa-Família e respirava a retomada da economia. Mas qual é o milagre? Além das promessas, até agora Dilma não lançou um grande programa. O foco na gestão, o combate à miséria, a prioridade ao ensino técnico não saíram do papel. Os limites no salário mínimo e a acanhada revisão do Imposto de Renda fazem parte do saco de maldades. O fato é que Dilma ainda colhe os frutos do aumento do consumo e da geração de emprego, que satisfazem e deixam o trabalhador otimista. A favor dela, ainda, o estilo sóbrio e direto, garantindo credibilidade no trabalho que recém começou.
Óbvio
Não espanta que saúde seja o principal problema apontado pelos brasileiros na pesquisa Datafolha. O sistema público é péssimo, e o privado é caro para o serviço que oferece.
Radiografia
O novo partido do prefeito Gilberto Kassab já nasce desgastado, a começar pela sigla. Sem ideologia ou programa, é a cara de um sistema eleitoral falido.
Bom papo
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama – que não come carne – mal tocou no almoço oferecido no Itamaraty. As garfadas foram substituídas por uma conversa animada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quem quiser dar uma olhada no menu distribuído aos convidados pode conferir no blog: canalrural.com.br/carolinabahia. Em tempo: para Michelle, foi preparado um cardápio à parte.
Por falar nisso...
A manifestação de Obama a respeito do apoio ao Brasil no Conselho de Segurança da ONU não podia ser mais tímida.
Na mesa
Depois do almoço no Itamaraty, o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, resumiu a visita de Barack Obama: é o primeiro passo para negociações mais sólidas entre os dois países. Ofuscado pela decisão do ataque à Líbia, o périplo de Obama só renderá frutos se os EUA baixarem a guarda do protecionismo.