27 de fev. de 2011

Da: Coluna do Claudio Humberto

Poder de Palocci provoca ciúmes nos petistas
O poder conferido por Dilma ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil), antes motivo de admiração, agora provoca reações enciumadas nos petistas. Os deputados Candido Vaccarezza e Arlindo Chinaglia se detestam, mas se unem no ataque dissimulado à influência do ministro. Eles estavam em uma mesa petista, no restaurante Piantella, quando se ouviu que Palocci “dá coice no vento para mostrar que manda”.
Olho no poder
Sem paciência para a articulação política, a presidenta Dilma delegou a tarefa a Palocci, agastando petistas ligados ao ex-ministro José Dirceu.
O descobridor
Dilma é grata a Palocci porque foi dele a ideia de convocá-la em Porto Alegre, em 2003, para atuar na equipe de transição de FHC para Lula.
Histórico
Antonio Palocci se firmou junto a Dilma, como ministro influente, desde quando assumiu o comando da sua campanha, e não a decepcionou.
Governo retoma prática de distribuir emissoras
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) tem tudo para cumprir a “promessa” de distribuir 5.600 rádios comunitárias em todo o País. Só em fevereiro já foram liberadas cerca de quarenta concessões, quase todas com forte vinculação a ONGs comandadas por políticos do PT ou prepostos. A distribuição faz lembrar os tempos em que os governos “conservadores” faziam o mesmo para garantir apoio no Congresso.
Sorria, contribuinte
O Senado pagou R$18,2 mil por um recente tratamento dentário do ex-senador Odacir Soares (PSL-RO). Em 2008, foram R$ 18,9 mil.
Fome de informação
Um “contrato emergencial” de R$675,9 mil permitirá que os senadores leiam jornais e tenham senha de acesso a notícias pela internet.
Ele quer é rosetar
A idéia – de jerico – de fazer do ex-presidente Lula “embaixador especial” no continente africano é inspirada nos Estados Unidos, onde os presidentes homenageiam os “ex” confiando-lhes missões especiais de paz. Com o direito de requisitar... aviões da Força Aérea.
Chiquérrimo
O chanceler Antonio Patriota chamou uma diplomata baseada em Washington, arquiteta, para supervisionar as obras de manutenção da casa oficial na Península dos Ministros, em Brasília.
Contas obesas
Antes do novo mandato, o ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) embolsava R$ 13.027,53 como “senador aposentado”, equivalente a 48,7% dos R$ 26.750,57 que passa a receber como senador.
Bunker
Palpiteiro contumaz em crises internacionais, o aspone Marco Aurélio top-top Garcia, está em providencial viagem à Argentina, para homenagem póstuma ao ex-presidente Néstor Kirchner. Que Kadafi?
Levantamento
Pelas contas do governador pernambucano Eduardo Campos e do prefeito Gilberto Kassab, sairá do DEM a maior parte dos deputados para o PDB e depois para o PSB, alem de tucanos e, claro, do PMDB.
Castelo encantado
A embaixada do Brasil em Paris é tão grande, mas tão grande, que ninguém deu conta do sumiço de dois grandes tapetes e pelo menos treze quadros, em dois anos. Não vale culpar o mordomo...
Evitando barganhas
O deputado Chico Leite (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do DF, adotou o sorteio como forma de designar os relatores para os projetos. Com essa iniciativa pioneira no Brasil, quem sabe se não se evitam as barganhas no Legislativo.
Jerico postal
Além da fraude por e-mail, contribuintes recebem correspondência fajuta da Receita Federal, com link ladrão de dados impresso na carta. É o novo golpe na praça. Haja esperteza.
Pergunta didática
Se o deputado Tiririca pode integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara, por que não Kadafi para o Nobel da Paz?

Economia reacende divergência no PT

Esquerda do partido ataca corte de gasto de gastos e política de juros de Dilma, a exemplo do que fez com  Lula na reforma da Previdência.
Roldão Arruda - O Estado de S.Paulo
O estilo de governar dos petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva pode ser diferente, como já tem sido dito. Há, porém, uma característica idêntica entre os dois que está ficando cada vez mais evidente: a capacidade de, no início do mandato, irritar a ala à esquerda do PT.Olhando com atenção é possível notar também a presença de um personagem comum nas duas histórias: Antonio Palocci. Ministro da Fazenda na partida do governo Lula e chefe da Casa Civil com Dilma, tanto antes como agora ele tem sido apontado como mentor de medidas econômicas que, segundo os críticos, ficariam melhor no ideário neoliberal do que no petismo.Em 2003, a esquerda atacou a proposta de reforma da Previdência e as metas de superávit primário, que ficavam acima das estabelecidas no governo anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso, e significavam contenção de gastos. Agora, critica-se a forma como Dilma quer frear a inflação, com mais juros e redução de gastos.Em artigo postado no site do PT, o consultor Vladimir Pomar, um dos fundadores do partido e coordenador da campanha de Lula, em 1989, diz que as medidas adotadas por Dilma tendem a comprimir o consumo e favorecer a continuidade da miséria. "Superar a miséria significa, em termos bem precisos, elevar o poder de consumo de alguns milhões de brasileiros desprovidos dessa capacidade", diz ele.Na maior central sindical do País, a CUT, vinculada ao PT, o presidente Artur Henrique também critica a opção do governo: "Sou contra a ideia de que o único instrumento para controlar a inflação é o aumento da taxa de juro, com redução da demanda".Coro. Os dois engrossam um conjunto de vozes que começou a ganhar evidência na reunião do Diretório Nacional do PT, no dia 10. Na ocasião, tanto o presidente José Eduardo Dutra quanto José Dirceu, um dos líderes da corrente Construindo um Novo Brasil, a mais forte no partido, manifestaram preocupação com as medidas de Dilma. Dirceu, repetindo o que já havia dito em seu blog, também bateu na tecla de que aumentar juro não é a única forma de se combater a inflação e ainda citou casos de países que adotaram saídas diferentes, como Chile, Turquia e Rússia.Não foram os únicos. Outros integrantes do diretório, com menor projeção política, também manifestaram preocupação, cuidando para que suas declarações não fossem tornadas públicas, nem aparecessem no documento final da reunião.Markus Sokol, da corrente O Trabalho, situada na ponta extrema da esquerda, distribuiu um documento no qual afirmava, entre outras coisas, que "o povo não votou por arrocho salarial e redução de despesas". O deputado estadual Raul Pont (PT-RS), da corrente Democracia Socialista, também manifestou preocupação. Disse que o governo Lula só acertou o passo quando apostou no crescimento econômico, com o PAC e a nomeação de Guido Mantega para a Fazenda.Para Pont, a política econômica do início do governo Lula, que parece trilhada por Dilma, foi desenhada por Palocci, hoje na Casa Civil. "Acho que o PT deve chamar o Mantega para pedir explicações", afirma.Na semana passada, o PC do B, partido da base aliada do PT, fez um disparo mais direto. Altamiro Borges, integrante do Comitê Central, divulgou um artigo no qual dizia: "As velhas teses ortodoxas voltaram a ganhar força no Palácio, sob o comando do todo poderoso ministro Antonio Palocci".

Descoberto o “Homem do Barba” que tinha acesso livre ao Palácio do Planalto “em qualquer tempo e qualquer circunstância”

 Reinaldo Azevedo/Veja
O PC do B se sente perseguido pelo PT porque acredita que o aliado está por trás da avalanche de denúncias que colhe o partido. A palavra “denúncia” é ruim. Há mesmo uma avalanche de fatos. De 2003 a 2007, mais de R$ 12 bilhões saíram dos cofres públicos para ONGs. O “amor” pelo estado, no Brasil, não respeita fronteiras ideológicas. Há os “apaixonados” de direita e os apaixonados de esquerda, desde que possam sangrar seus recursos, seja em nome do “bem da nação”, seja em nome do “bem do povo”. Em países em que o estado é pequeno, as empresas privadas disputam o mercado para fornecer serviços públicos; em países em que o estado é gigante, as empresas públicas satisfazem interesses privados, com a mediação dos governantes de turno.
A VEJA desta semana traz uma reportagem impressionante de Rodrigo Rangel e Daniel Pereira. Ela diz respeito a este homem.
*** Quem é ele.:
*** Leiam trechos.
*** Volto em seguida:
O senhor da foto acima se chama José Carlos Bumlai. É um dos maiores pecuaristas do país, amigo do peito do ex-presidente Lula e especialista na arte de fazer dinheiro - inclusive em empreendimentos custeados com recursos públicos. Até o ano passado, ele tinha trânsito livre no Palácio do Planalto e gozava de um privilégio sonegado à maioria dos ministros: acesso irrestrito ao gabinete presidencial. Essa aproximação excepcional com o poder credenciou o pecuarista a realizar algumas missões oficiais importantes. Ele foi encarregado, por exemplo, de montar um consórcio de empresas para disputar o leilão de construção da hidrelétrica de Belo Monte, uma obra prioritária do governo federal, orçada em 25 bilhões de reais. Bumlai não só formou o consórcio - integrado pela Chesf e pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Gaia e Contem, estas duas últimas ligadas ao Grupo Bertin, um gigante do setor de carnes - como venceu o leilão para construir aquela que será a terceira maior hidrelétrica do mundo. O homem das missões impossíveis, porém, se transformou num problema constrangedor.
(…)
Ele gosta de contar a amigos que, certa vez, durante um sonho, uma voz lhe disse para se aproximar do então candidato Lula. Na campanha de 2002, por meio do ex-governador Zeca do PT, Bumlai conheceu o futuro presidente e cedeu uma de suas fazendas para a gravação do programa eleitoral. São amigos desde então. Seus filhos também se tornaram amigos dos filhos de Lula. Amizade daquelas que dispensam formalidades, como avisar antes de uma visita, mesmo se a visita for ao local de trabalho. Em 2008, após saber que o serviço de segurança impusera dificuldades à entrada do pecuarista no Planalto, o presidente ordenou que fosse fixado um cartaz com a foto de Bumlai na recepção do palácio para que o constrangimento não se repetisse. O pecuarista, dizia o cartaz com timbre do Gabinete de Segurança Institucional, estava autorizado a entrar “em qualquer tempo e qualquer circunstância”.
VolteiLendo a reportagem, vocês verão que o amigão de Lula, com acesso livre ao Palácio do Planalto, foi diversificando seus interesses. No caso de Belo Monte, informa a revista, “o que era para ser uma missão de interesse exclusivamente público começou a derivar para o lado oposto. O governo descobriu que o pecuarista estava usando a influência e o acesso consentido ao palácio para fazer negócios privados. O Planalto foi informado de que Bumlai, por conta própria, estaria intermediando a compra de turbinas para a usina de Belo Monte com um grupo de chineses. A orientação do governo era exatamente contrária: em vez de importar peças, elas deveriam ser produzidas no Brasil, para criar empregos aqui.”
A reportagem informa que o negócio com os chineses foi abortado e que  o atual governo cassou o livre acesso de Bumlai ao Planalto e aos ministérios. Um ministro afirma: “Em diversas ocasiões, Bumlai trabalhou em nome do ‘Barba’. Mas também usou o nome do ‘Barba’ sem que o ‘Barba’ tivesse autorizado”. O “Barba”, por metonímia, é o Apedeuta por epíteto… Há duas semanas, o grupo Bertin caiu fora de Belo Monte. O BNDES não aceitou as garantias oferecidas para conceder o empréstimo. Mas o amigão de Lula sempre contou com a generosidade do banco oficial. Informa a VEJA:
“Até pouco tempo atrás, o BNDES estava longe de ser um entrave para os planos de Bumlai. Alguns dos maiores negócios dos quais participou tiveram financiamento do banco. É o caso da Usina São Fernando, em Mato Grosso do Sul. Em 2008, o BNDES aprovou um financiamento de cerca de 300 milhões de reais para a usina. No papel, o empreendimento tem como proprietários os filhos de José Carlos Bumlai e o Grupo Bertin. A sociedade Bertin/Bumlai também é proprietária de um jato Citation, já utilizado algumas vezes pelos filhos do ex-presidente Lula, e de um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que recebeu o ex-presidente e a família no Carnaval de 2009.”
Leiam a reportagem. Bumlai conseguiu, por exemplo, vender uma fazenda para o Incra com um sobrepreço, acusa o Ministério Público, de quase R$ 8 milhões. Empreiteiras reclamam da sua interferência na Petrobras… E vai por aí. Vejam esta imagem:
jose-carlos-autorizacao
É o cartaz que Lula mandara afixar na portaria do Palácio do Planalto dando acesso irrestrito a seu “amigo”. Os termos são inequívocos:
“O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância”.Convenham: nem Marisa Letícia podia tanto! Esse é o tipo de licença que não se concede nem a um testa-de-ferro!
Por isso eles amam tanto um “estado forte”! Porque, num estado forte, a República costuma ser fraca!

24 de fev. de 2011

Escolha para TSE causa polêmica no Supremo

Indicada para a vaga, a advogada Luciana Lóssio defendeu Dilma na campanha eleitoral e também Roseana Sarney
  • A sessão de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) começou tensa [ontem] por causa de uma polêmica na indicação da advogada Luciana Lóssio para vaga de ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
  • Luciana defendeu a presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. Logo no início da sessão, o ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou que foi levado a erro na semana passada, quando o plenário do Supremo aprovou a inclusão do nome da advogada numa lista tríplice de candidatos ao cargo de ministro substituto do TSE.
  • Caberá a Dilma escolher a partir dessa lista quem desempenhará pelos próximos dois anos um mandato de ministro substituto do TSE.
  • Além de Luciana, estão na lista os advogados Evandro Pertence, filho do ministro aposentado do STF Sepúlveda Pertence, e Joelson Dias, que já exerceu mandato de ministro substituto no TSE e, pela tradição, deveria ser reconduzido para um novo período. O ESTADO DE SÃO PAULO .

Governo já admite alta de 0,75 na Selic

  • Para recuperar a credibilidade perdida na política de combate à inflação, o governo já admite, em conversas internas, a possibilidade de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual na reunião da próxima semana.
  • Segundo informações obtidas pelo Valor, o governo reconhece que está perdendo a batalha das expectativas inflacionárias e, por isso, trabalha agora contra o relógio para ganhar credibilidade e reverter o momento ruim.
  • Avalia-se, em Brasília, que o BC não conseguirá trazer a inflação em 2011 para o centro da meta oficial, de 4,5%.
  • O objetivo é evitar que o IPCA fique acima de 6,5%, limite máximo do intervalo de tolerância do regime de metas, o que caia abaixo de 5,5% ou 5% em 2012. O plano é chegar a dezembro com os agentes econômicos acreditando que, no próximo ano, a inflação cederá a níveis próximos da meta.
  • O IPCA, segundo estimativa média captada pelo Boletim Focus, chegará a 5,79% em 2011 e 4,78% em 2012.  (Valor Econômico).

Oito aeroportos da Copa estão atrasados


  • Dos 13 aeroportos que atenderão as cidades-sede da Copa do Mundo em 2014, 8 apresentam atrasos de mais de um ano nas obras: Brasília, Confins, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre e Guarulhos.
  • Três projetos de ampliação - em Natal, Recife e Salvador - tem chances de atraso, considerando o estágio atual, pois dependem de licença ambiental ou estão ainda em fase de projeto.
  • Apenas dois aeroportos têm seus empreendimentos dentro do prazo, Viracopos, em Campinas (SP), e o Galeão (RJ).
  • Há três anos do Mundial, a Infraero busca caminhos para alavancar os investimentos.
  • A estatal confirma os prazos de entrega das obras e afirma que ainda é possível ter os aeroportos prontos até 2013, apesar dos atrasos em relação ao cronograma original. (Valor Econômico).

Aécio imita Maria Antonieta em seu primeiro discurso no Senado

                                                             Aécio entrou com o pé errado. Errou a relevância

Aécio imita Maria Antonieta em seu primeiro discurso no Senado
Nosso blog já vem observando que Aécio Neves (PSDB/MG) está com desempenho de “baixo-clero” no Senado. Fazendo uma analogia com o futebol, está sendo um senador “cabeça-de-bagre”.Hoje o demo-tucano subiu à tribuna pela primeira vez.Se omitiu do debate durante as discussões acaloradas, e escolheu o pior horário, o finalzinho da sessão, depois das 22hs, depois das votações importantes que definiram o valor salário mínimo, e fez um discurso meio apagado, meio desastroso.O demo-tucano fez a afirmação desastrosa de que a discussão sobre o valor do salário mínimo é secundária: “Muito mais relevante que o valor nominal do mínimo é compreender o papel desta Casa” – referindo-se ao artigo 3º da Lei que fixa o reajuste pelo INPC+PIB até 2015, sem que o Congresso vote de novo a cada ano.
Errou duas vezes. Dizer que o valor do salário mínimo é menos relevante do que os pitacos de “Vossa Excelência”, repete a rainha da França Maria Antonieta que, diante do povo reclamando da falta de pão, perguntou: porque não comiam brioches? Para o trabalhador da ativa ou aposentado o valor é o que interessa, não tem nada de secundário, e é essa a função da lei votada: garantir o aumento real do salário mínimo até 2015, e sem que a inflação tire o poder de compra. O segundo erro do demo-tucano é não saber diferenciar um decreto de uma lei (quem começou a fazer essa oposição “ao dicionário”, foi o “gênio” Roberto Freire).
Pela Constituição, o salário mínimo precisa ser fixado por lei. E a Lei votada pelo Congresso está fixando o valor até 2015, com uma fórmula de reajuste determinada, a ser obrigatoriamente cumprida. O poder executivo nos próximos anos, irá apenas cumprir a lei, usando o instrumento legal do decreto (um ato do poder executivo que segue o que mandam as leis) para computar o valor a cada ano, conforme manda a lei, e publicar no diário oficial.
Tudo na mais perfeita legalidade e ordem democrática: o decreto obedece à lei, e a lei obedece a Constituição. Nada tem a ver com o executivo legislar. Se for esse tipo de oposição “ao dicionário” que o demo-tucano pretende fazer, a imprensa mineira chapa-branca vai ter que inventar muita ficção para produzir noticiário positivo sobre ele.

Por Carlos Chagas

COMEÇOU MAL A REFORMA POLÍTICA

Registre-se como justa a ponderação dos principais líderes da Câmara dos Deputados a respeito da precipitação do Senado em constituir  uma comissão especial encarregada de reunir propostas sobre a reforma política. Em primeiro lugar, porque deveria ser misto esse grupo, em vez de formado apenas por senadores. Haverá redundância e superposição de iniciativas, já que a Câmara também designará a sua comissão.  Depois porque, ao menos até agora, as principais sugestões de mudanças na legislação partidária e eleitoral dizem respeito aos deputados: fim do voto proporcional, distritão, voto em listas elaboradas pelos partidos. Por fim: qualquer alteração na Constituição e nas leis precisará ser aprovada por 513 deputados e 81 senadores. Mesmo em votações separadas, prevalece a maioria óbvia dos representantes da população sobre os representantes da Federação.
Melhor teria feito o senador José Sarney, responsável pela comissão de senadores, se houvesse combinado antes um trabalho conjunto com o presidente da Câmara, Marco Maia.
Caso os senadores cheguem a alguma conclusão no meteórico prazo de 45 dias,  colocarão suas sugestões na forma de projetos de emenda constitucional e de leis ordinárias. Se aprovados, irão à Câmara, que se os modificar, obrigará o retorno do texto ao Senado, para votação final.   Essa tramitação consagra a prevalência dos senadores, coisa que os deputados não aceitarão.
Pelo jeito, estamos assistindo a mais uma encenação,  das muitas verificadas ao longo das últimas décadas. Arrisca-se à frustração,  essa nova tentativa de  reforma política.
DEPOIS DA FESTA DOS CRAVOS, A CONTA DO FLORISTA

Nunca é demais repetir o que escreveu o cômico Raul Solnado, em Portugal, logo depois de vitoriosa a revolução democrática: “em seguida à festa dos cravos, deve-se esperar a conta do florista”.Pois o florista já está batendo à porta do palácio do Planalto. É o PMDB, cujas listas de indicações para cargos no segundo escalão começam a chegar aos gabinetes de Antônio Palocci e da própria  Dilma Rousseff. Depois da vitória maciça do projeto governamental na Câmara, ontem foi o dia do Senado. Nenhuma dúvida, nenhum suspense: os senadores também fizeram o dever de casa.O diabo, agora, é reconhecer e, se for o caso,  honrar a fatura. Apesar de a presidente da República haver declarado que os critérios para o preenchimento  de vagas envolveriam competência e probidade por parte dos escolhidos, o PMDB não pensa assim. Quer os seus representantes nas diretorias e presidências de empresas estatais pelo simples fato de havê-los proposto. Claro que sempre haverá um jeitinho para  os indicados serem  tidos como de extrema eficiência  e honestidade, mas a prática não raro tem atropelado a teoria. Se quiser, Dilma poderá rejeitar as listas já entregues ou chegando desde ontem. Nessa hipótese, porém, qual a reação do partido que se imagina donatário de diversos setores do governo, a começar pelo elétrico? Outras votações virão, e breve.
A MODA PEGOU

O ex-presidente Fernando Collor assumiu a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, e em seu primeiro pronunciamento, se não foi rude, foi duro. Exigirá o cumprimento de horários rígidos para as sessões da comissão, bem como não aceitará a inclusão de propostas de última hora: os depoimentos serão  anunciados com 48 de antecedência, proibidos os atropelos. O perfil de gerente inflexível caracteriza o ex-presidente da República em suas novas funções. Parece que pegou  a moda adotada do outro lado da Praça dos Três Poderes.
DEPOIS DE ADIANTADOS, OS RELÓGIOS AGORA ATRASAM

Deve ser preso como mentiroso quem disser não haver sentido nenhuma alteração de sono e de humor,   desde domingo, quando os relógios foram atrasados em uma hora  no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, pelo fim do horário de verão. O cidadão acostumado a acordar às sete  horas abriu os olhos e  viu que eram seis. Tentou dormir mais um pouco,  não conseguiu. Meses atrás, obrigou-se à operação inversa, isto é,  continuando a  levantar-se  às sete, verificou que já eram oito.A questão vem de muitas décadas, a pretexto de economizar energia. Só que o horário de verão sacrifica  o ser humano. O seu  relógio biológico leva dias, até semanas para se acostumar a essas alterações artificiais. Não seria hora de o Congresso entrar na questão, impedindo o Executivo de brincar com a paciência alheia?

Da: Coluna do Claudio Humberto

Jatos e helicópteros são o fraco de Cid Gomes
Do tipo austero, que controla até as passagens de secretários em viagem a Brasília, o governador do Ceará, Cid Gomes, tem um fraco: jatos particulares e helicópteros. No início do primeiro governo, causou espanto ao alugar um jatinho para o passeio à Europa que incluiu a sogra; no início do segundo governo, usou o jatinho da Grendene, empresa que seu governo beneficiara, para viajar em férias ao exterior.

Inauguração
O governador Cid foi ao paraíso de St. Barth, no Caribe, para inaugurar o novo iate de 240 pés da família Grendene, dona do jato que o levou.
Frota cearense
Cid Gomes comprou um helicóptero novinho, de US$ 9 milhões, e uma empresa colocou à sua disposição três jatinhos Citation Mustang.
Medo de ‘atentado’?
Cid Gomes desenvolveu outra mania: segurança. Blindou as janelas do seu gabinete e aumentou o número de “armários” que o acompanham.
‘Nepetismo’
A irmã do líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (SP), para quem a regulação da mídia é “prioridade”, manda muito na secretaria de Negócios Jurídicos de São Bernardo, ganhando R$ 9 mil.
Dilminha paz e amor
Acredite quem quiser: aliados do governo juram que a vitória deu à presidenta Dilma uma serenidade surpreendente. Ainda não se viram explosões de ira como nos seus tempos de ministra.
Central de fofocas
O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), tem sido convencido de que a presença de Andrea Matarazzo no secretariado inaugurou um imparável leva-e-traz de fofocas para o antecessor José Serra.
Portas abertas
O vice Michel Temer afirmou ontem a esta coluna que tem por hábito receber qualquer parlamentar que o procura, e negou esquema para barrar visitas de figuras como o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Horário
Projeto do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) restabelece o antigo horário do Acre e parte da Amazônia. Uma lei reduziu em 2008 a diferença de duas para uma hora, em relação a Brasília, mas a população não se adaptou à mudança de rotina.
Vai entender...
Empresários brasileiros de orgânicos foram à Alemanha às custas da Agência Brasileira de Promoção de Exportação (Apex), do Ministério da Indústria e Comércio, para constatar: “é melhor vender no Brasil”.
Pensando bem...
... o ministro Orlando Silva deveria pedir um tempo, após tantos escândalos no Esporte.

22 de fev. de 2011

Por: Carlos Chagas

"DISTRITÃO" VERSUS VOTAÇÃO EM LISTAS

Tomara que desta vez seja para valer, ainda que desde o governo Sarney todos os presidentes, logo depois de empossados, assegurem a determinação de  fazer a reforma política. Pelo jeito, os ventos sopram mais forte, agora, constituída  a comissão de senadores e manifestada a disposição  dos líderes dos partidos na Câmara  de não deixarem cair a peteca. Será este ano, até outubro, ou nunca.
Unanimidade não haverá,  em torno das propostas velhas e novas, mas com o passar dos dias torna-se possível observar duas grandes tendências, por coincidência colocando o PMDB de um lado e o PT, de outro.
Cresce o apoio à transformação de cada estado num “distritão”, de forma a considerar eleitos os candidatos que tiverem obtido mais votos, suprimidas  as coligações responsáveis  pela eleição de muitos menos votados. Essa é a maior preocupação do PMDB, com Michel Temer à frente.
O diabo é que no PT a palavra de ordem é  conflitante: os companheiros aferram-se à votação em listas partidárias para a escolha dos deputados, ou seja, o eleitor não votará no candidato de sua preferência, mas no partido que quiser. As cúpulas desses partidos  fornecerão à Justiça Eleitoral a relação nominal de seus candidatos, devendo os caciques colocar-se nos primeiros lugares.
Salta aos olhos o sentido democrático de considerar-se eleito quem tiver mais votos, bem como  a característica ditatorial que beneficia os artífices das listas.  Não há como conciliar as duas propostas. Ou será uma ou outra, ao menos no reino da lógica.
Quase consenso existe nos partidos a respeito do financiamento público das campanhas, apesar do restrito apoio popular  que desperta  a utilização de dinheiro público para ajudar a eleger políticos. A chamada cláusula de barreira, ou de desempenho, vence na teoria mas perde na prática. Na hora das decisões, no Congresso,  pesará a impossibilidade de nivelar num só denominador comum os pequenos partidos históricos e os de aluguel. Estes devem desaparecer sem deixar saudade, mas aqueles são essenciais para  o funcionamento da democracia.Em suma, essas e outras sugestões começam a ser examinadas. Será  mesmo para valer ou Suas Excelências vão novamente  empurrar os debates com  a barriga e concluir, como em tantas  outras Legislaturas,  melhor deixar a reforma política para mais tarde?
PÉRIPLO INCOMUM
De Brasília para a Aracaju, de Aracaju para São Paulo, de São Paulo para Brasília. Ontem foi um dia atípico para a presidente Dilma Rousseff, envolvendo trajetos continentais e muita paciência, tanto a bordo do avião presidencial quanto em terra. Da reunião com os governadores do Nordeste às celebrações pelos 90 anos da “Folha de S. Paulo”, ela pronunciou dois discursos e ouviu mais de vinte. Teria lamentado o tempo perdido, já que mais profícua seria sua permanência na capital federal? Tanto faz, porque o ofício de presidente da República exige presença em todo o território nacional, tanto quanto reuniões administrativas e políticas na sede do governo.

AS ARÁBIAS E NÓSPratica-se grande injustiça para com o ex-presidente Lula na suposição de que se ainda permanecesse no governo já estaria de passagem marcada para o Oriente Médio, procurando interferir e contribuir para a pacificação numa série de países da região e limítrofes. Parece óbvio que numa das variadas e diárias exposições do Lula diante da mídia, já teria dado seus palpites e se pronunciado sobre a crise.
Com Dilma Rousseff parece diferente. Claro que o governo acompanha com atenção os acontecimentos no Norte da África e no Oriente Médio, com   ênfase para a retirada dos cidadãos brasileiros encontrados nos países da região, como já vem acontecendo.  Mas pronunciar-se, só sobre o obvio, isto é, fazendo votos de  que a paz seja restabelecida o mais breve possível. Nada de oferecimentos para mediar situações que  nem entendemos direito.
À ESPERA DO PRÓXIMO EMBATEPoucas dúvidas existem sobre a votação no Senado, amanhã, do projeto de lei de reajuste do salário mínimo. Vencerão as forças governistas, ignorando-se apenas o número de defecções no PMDB e até no PT. Fica, porém, uma lição da vitória do palácio do Planalto na Câmara, onde todos os 77 deputados do PMDB votaram favoravelmente ao projeto: se estão unidos para concordar, por que não se unirão  para discordar? Em especial de vingar a esdrúxula proposta comentada em alguns corredores oficiais a respeito da criação de um novo imposto para a saúde, em substituição à extinta CPMF?

Serra topa até apoiar Alckmin, mas veta Aécio

  • O ex-governador José Serra, em conversas reservadas, responsabiliza o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por sua derrota, em 2010, pela recusa de ser o vice, e se diz disposto em último caso até a apoiar para presidente Geraldo Alckmin, que ele detesta.
  • Mas Aécio 2014, “nem pensar”.
  • Sua idéia fixa é disputar a sucessão de Dilma, mas antes corre o risco de perder para Sergio Guerra (PE) a presidência do PSDB.

DF: contrato da Sangari é objetode investigação

  • A Secretaria de Educação do governo do DF confirmou, em nota, a suspensão do contrato de R$ 297,3 milhões com a empresa Sangari, do argentino Jorge Werthein, conforme havia revelado esta coluna, e também decidiu rompê-lo em definitivo. O contrato é investigado pelo Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Caixa de Pandora, e foi assinado no governo de José Roberto Arruda pelo ex-secretário José Luiz Valente, e não por sua antecessora Maria Helena Castro.

Última a saber
Em nota, a Sangari sustentou que “não é verdade” que seu contrato milionário foi suspenso. Aparentemente não sabia da decisão.
  • Faturando alto - A Sangari ganha R$ 15,58 ao mês por aluno “atendido” no DF. São 318 mil, que rendem R$ 59,4 milhões ao ano, R$ 297,3 milhões em 5 anos.

Auditoria necessária
  • O deputado Chico Vigilante (PT) defende que o governo suspenda, audite e cancele o contrato da Sangari, sem precisar de CPI.

21 de fev. de 2011

Alencar tem quadro clínico estável, mas ainda delicado

PEDRO DA ROCHA - Agência Estado
  • O último boletim médico sobre o estado de saúde do ex-vice-Presidente José Alencar informou que ele "evolui satisfatoriamente com quadro clínico estável, mas ainda delicado".
  • José Alencar está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e é acompanhado pelas equipes médicas coordenadas por Paulo Hoff, Raul Cutait, Paulo Ayroza Galvão, Roberto Kalil Filho, David Uip, Yana Novis e Miguel Srougi.

São tão bonzinhos...

Além dos descontos de 75% no preço das passagens, revelados nesta coluna, a fiscalizada  TAM é ainda mais gentil com os fiscais, ou seja, com os diretores da Agencia Nacional de Aviação Civil: concede-lhes upgrade para primeira classe, em viagens internacionais.

Paim pode recuar do mínimo de R$ 560

O senador Paulo Paim (PT-RS) deu sinais nesta segunda(21) de que poderá recuar da emenda que elevaria o salário mínimo para R$ 560 este ano. Na semana passada, ele havia anunciado que iria propor uma antecipação de R$ 15 do reajuste do próximo ano, para que o salário atingisse o valor pedido pelas centrais sindicais agora. Porém, menos de uma semana depois do anúncio, disse que irá “conversar com a bancada e com os ministros” para negociar a troca da emenda por um debate sobre a política permanente de reajuste para os aposentados e uma proposta de fim do fator previdenciário.

18 de fev. de 2011

Senador diz que Brasil precisa investir em infraestrutura aeroportuária


  • O senador João Vicente Claudino (PTB-PI) afirmou que a precariedade dos serviços em diversos setores e a insuficiência dos investimentos em infraestrutura no Brasil, especialmente a aeroportuária, fazem o país perder dinheiro.
  • Ele mencionou reportagem que cita o presidente da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), Giovanni Bisignani, declarando que o Brasil tem na infraestrutura aeroportuária um "desastre crescente".
  • Segundo as projeções da Iata, o setor aéreo da América Latina deve crescer 15,2% neste ano e 6,1% no ano de 2012, um desempenho acima da média global, estimada em 11% para 2011 e 5% para 2012.

DF: Novacap é alvo de processo por autorizar aditivos na obra da ponte JK

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou com uma ação civil pública de ressarcimento de R$ 210 milhões ao Estado contra os dirigentes da Novacap e empresas responsáveis pelo projeto básico e construção da Ponte JK. A empresa Via Engenharia ganhou o contrato por consórcio. O projeto inicial previa um custo de aproximadamente R$ 39 milhões para a execução da obra. Porém, o consórcio vencedor apresentou proposta de R$ 78 milhões. A Novacap era a responsável por analisar as necessidades e autorizar possíveis adicionais. Antes mesmo do início da obra, foi pedido um adicional de R$ 19 milhões, com a justificativa de que seria necessário um aumento na largura da ponte. Posteriormente foi feito novo pedido de adicional, no valor de R$ 60 milhões, com a mesma justificativa. Segundo a ação que tramita na 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do DF, esse valor deverá ser devolvido.

AL: bomba caseira explode na Câmara

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Uma bomba caseira explodiu dentro de um banheiro da Câmara de Vereadores de Arapiraca (AL), durante sessão solene na noite da última terça (15). O estrondo foi ouvido dentro do plenário, onde havia cerca de 150 convidados para a entrega da comenda Manoel André para o ex-superintendente da Caixa, Paulo Sérgio Barbosa.
A bomba estava dentro de um dos banheiros para visitantes, localizado no térreo.  Após o incidente, a polícia foi acionada e peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e recolheram destroços do artefato explosivo. A bomba, porém, não provocou muitos estragos. Segundo funcionários da Casa, ainda não há suspeitas sobre o autor da explosão.

Da: Coluna do Claudio Humberto

Uma pirueta, duas piruetas
O deputado Tiririca (PR-SP) não deu vexame votando errado contra o governo em sua estreia no Congresso. É parte da profissão...
Rio: Cabral escapa de impeachment por um triz
O governador do Rio, Sérgio Cabral, vive seu inferno astral: após a enchente na Região Serrana e grave crise na Polícia Civil do Rio, escapou esta semana de um pedido de impeachment no Tribunal de Justiça: a desembargadora Maria Augusta Vaz, relatora do processo de intervenção no município de Piraí, votou pela remessa das peças ao Ministério Público e à Assembleia, pedindo o impedimento de Cabral.
Mal na foto
Foi-se o tempo em que deputados que votavam contra “interesses” da CUT apareciam em outdoors como “inimigos da classe trabalhadora”.
Sarney derrotado
José Sarney deu uma de João-sem-braço, na reunião com líderes no Senado: para acomodar o amigo Itamar Franco (PPS-MG), propôs que partidos de só um senador fossem titulares em todas as comissões. A rejeição foi unânime, por quebrar o princípio da proporcionalidade.
Queda para baixo
Enquanto o chefe Nelson Jobim se segura no emprego, o ex-presidente da Infraero Murilo Barboza descolou o cargo de secretário de Produtos de Defesa. Vai ocupar uma salinha no anexo do Ministério da Defesa.
Dedução de IR
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) apresentou um projeto que deduz do imposto de renda gastos com medicamentos de uso controlado. Deduzir gastos com aluguel, que também é bom, por enquanto, nada.
Direito de passear
A deputada petista Maria do Rosário, secretária de Direitos Humanos, começa a descobrir as delícias do cargo: entre o dia 26 e 3 de março viajará a Genebra, na Suíça, para um evento da ONU.
Tá feia a coisa
A secretária de Educação do Amapá, Eunice de Paulo, quase foi agredida num protesto de professores, em Macapá. É a dona da casa onde a polícia achou R$ 16 mil e um cadastro de eleitores, na casa do cachorro. Foi o que cassou João e Janete Capiberibe (PSB), em 2002.
Será a Benedita
A ex-ministra Benedita da Silva (Assistência Social) conduzirá, com duas deputadas petistas, o culto da Frente Parlamentar Evangélica no plenário, semana que vem. Será a primeira vez da ala feminina.
Anac tem desconto nas empresas que fiscaliza
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabeleceu acordo com  as empresas aéreas garantindo a seus dirigentes e servidores uma tarifa especial, obtendo desconto de 75% no preço de passagens. Com esse privilégio, a Anac aceita gentilezas de empresas que tem o dever de fiscalizar. A agência argumenta que “moralizou” essas relações, acabando o “passe livre”. O sindicato das empresas não se pronunciou.
Um ‘acordo’
A TAM chama de “acordo comercial” o desconto de 75% para diretores e funcionários da Anac, mas não se manifestou oficialmente.
Elas mandam
A ação condescendente da Anac mantém os brasileiros sujeitos a atrasos, overbooking, serviços de bordo ruins e poltronas apertadas.
Deu no que deu
As empresas aéreas do Brasil estão no ranking das mais inseguras do mundo, até pela atuação cosmética da Anac como órgão fiscalizador.

16 de fev. de 2011

Da: Coluna do Claudio Humberto

Peluso dispensa funcionária que usou twitter do STF para ironizar Sarney
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, determinou a dispensa da funcionária terceirizada que publicou no twitter oficial do STF uma piadinha citando a aposentadoria de Ronaldo e indagando quando o presidente do Senado, José Sarney, vai pendurar as chuteiras. Peluso telefonou a Sarney pedindo desculpas. O presidente do Senado reagiu com bom humor, pedindo que a funcionária não fosse punida, mas Peluso não perdoou a atitude dela.
Votação do mínimo será um teste de fidelidade
O projeto que estabelece o salário mínimo em R$ 545 mensais será usado pela presidenta Dilma Rousseff para verificar, afinal, o tamanho do apoio parlamentar ao seu governo. Ela proibiu os articuladores políticos, sob a coordenação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), de ceder a pressões por cargos ou para liberar emendas. “Vamos ver com quem o governo pode contar no Congresso”, disse a um senador.
Corpo-a-corpo
O vice Michel Temer arrumou um pretexto para entrar no corpo-a-corpo pelo mínimo de R$ 545: fará palestra na CCJ da Câmara, nesta quarta.
Fatura liquidada
O governo dispõe de “gordura” para ceder um pouco mais, na definição do valor do salário mínimo, mas não vê necessidade de “queimá-la”.
Líder continua brigando, agora com seu PMDB
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), entrou em 2011 com a faca nos dentes. Ele se estranhou com Dilma pela partilha de cargos, reclamou (foi o único) quando a presidenta livrou a estatal Furnas de Eduardo Cunha (RJ), e agora irrita o PMDB: de olho na sua candidatura a presidente da Casa, daqui a dois anos, cedeu ao PP a comissão de Minas e Energia, uma das três do PMDB.
Magoou
O deputado José Priante (PMDB-PA), que queria presidir a comissão de Minas e Energia, anda chateado com o líder de sua bancada.
Rio de quê?
Assim como culpou os prefeitos pela tragédia na região serrana, Sergio Cabral age como se a operação PF não tenha sido contra sua polícia.
Sete meses de espera
Completou sete meses segunda-feira (14) o “pedido de vista” do ministro Aroldo Cedraz, impedindo o Tribunal de Contas da União de homologar parecer de seu órgão técnico, com o objetivo de evitar a privatização os portos na marra, como querem poderosas empresas.
Omissão suspeita
Diante da suspeita omissão da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq) de cumprir a legislação vigente e impedir a privatização forçada dos portos, a Federação Nacional dos Portuários recorreu ao TCU.
Exame com lupa
Diante do descalabro que encontrou, o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, pediu a ajuda de quatro auditores para examinar com lupa cada contrato e cada novo edital. Isso retarda o processo, mas afasta o risco de maracatuaias.
Farra no ar
O Ministério Público do DF apurou que só a emissora de rádio de um ex-deputado faturou R$ 7 milhões nos oito meses do governo Rogério Rosso, no Distrito Federal. A farra anual consumia R$ 200 milhões.
Outra morte
Réu por homicídio doloso de Maria de Cristina da Silva há três anos, em Brasília, o cirurgião Lucas Seixas Doca Jr foi acusado ontem, na Justiça, de fraudar o prontuário de Fernanda Wendling, professora do UniCeub, morta em 2006. Também é acusado de demorar a socorrê-la.
E cadeia, nada?
Miguel Lucena, presidente da Codeplan, órgão de pesquisa do governo do DF, acabou com uma mamata: cinco servidores ganhavam R$ 9 mil por mês, há oito anos, para receber chamadas de bip ou torpedo de celular, para o caso de serem chamados ao trabalho com urgência.
Ligações de Decat
Citado como amigo de José Sarney, o novo presidente de Furnas, Flávio Decat, é mais ligado ao senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), em cujo governo dirigiu a estatal Cemig. Mas a principal ligação de Decat é mesmo à presidenta Dilma, de quem tem confiança total.
Pensando bem...
...se o rei Ronaldo está “morto” para o futebol, então viva o gordo!