30 de jan. de 2011

Da: Coluna Claudio Humberto-01

Simon, o franciscano, adiou virtudes para 2015
A afirmação do senador Pedro Simon (PMDB-RS), de que até fevereiro de 2015 vai decidir se fará opção pela aposentadoria de ex-governador (R$ 25,7 mil) ou de ex-senador (R$ 24,1 mil), embolsando até lá R$ 2,6 milhões, faz lembrar Santo Agostino (354-430 d.C) em suas Confissões (volume VII, 7, 17), que, adolescente, pediu a Deus a castidade, “mas não agora”. A frase poderia ser reescrita por Simon: “Dai-me a virtude da pobreza e do comedimento, mas só em 2015”...
Secretária eletrônica
A ONG Avaaz pediu “blitz” nos telefones do gabinete de Dilma, para impedir a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Pará.
Meu caros, caríssimos
O Diário Oficial da União publicou ontem o relatório de gestão fiscal do Senado: foram R$ 2,6 milhões, brutos, com despesa de pessoal.
Medo de ladrão
O Batalhão Esplanada, da PM-DF, fará “segurança externa” da Câmara Legislativa. Não, não é para proteger os cidadãos dos deputados.
Concorrência
Dilma gosta e até estimula a briga entre os governadores do Ceará, Cid Gomes, e de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos do PSB. Ela sabe: Campos é forte candidato a presidente, em 2014.
Indigestão
O governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), não consegue digerir o plano de Lula, de fazer o presidente da Petrobras, Sergio Gabrieli, seu sucessor. Wagner tem outros nomes no seu coração.

Da: Coluna Claudio Humberto - 02

Lei impede Lula de ter carteira assinada no PT
A anunciada contratação de Lula para presidente de honra do PT por R$13 mil, com carteira assinada, esbarra no artigo 42 da lei federal 8213/91: aposentado por invalidez que voltar voluntariamente ao trabalho perderá o benefício. Lula ganha R$ 5 mil do INSS por ter perdido o dedo mínimo em suposto acidente de trabalho, aos 39 anos. À letra da lei, deveria ter renunciado à grana ao ser eleito presidente.
Diferente igual - O INSS pune a ilegalidade cobrando com juros e multa o aposentado por invalidez que volta ao trabalho remunerado. Os “normais”, claro.
Vereador Lula - Fosse servidor público à época, Lula manteria os dois benefícios se eleito vereador e pudesse cumprir ambos os expedientes.
Doação improvável - Amigos de Lula tentam convencê-lo a doar os R$ 13 mil que receber do PT todos os meses. O destino seriam os Alcoólatras Anônimos. Sério.
Esfinge -Taí uma missão para o “cara”: mediar a revolta da oposição no mundo árabe, onde fez amigos e negócios com os ditadores ameaçados.

27 de jan. de 2011

Da: Coluna Claudio Humberto

Simon, o franciscano, embolsará mais de R$ 2,6 milhões
  • Após 20 anos, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) resolveu pedir a aposentadoria como ex-governador do Rio Grande do Sul.
  • Ao salário de senador (R$ 26,7 mil), ele soma desde novembro R$ 24,1 mil de ex-governador.
  • Ele declarou que ao concluir o mandato, em fevereiro de 2015, vai se decidir pela aposentadoria de ex-governador ou de ex-senador.
  • Até lá, enquanto pensa, Simon vai embolsar mais de R$ 2,6 milhões.
Na ponta do lápis
  • De janeiro de 2011 a janeiro de 2015, Simon terá R$ 1,27 milhão como ex-governador e R$ 1,38 milhão do Senado. Total: R$ 2,6 milhões.
Para a caridade
  • Simon receberá mais que os R$ 1,6 milhão da aposentadoria retroativa do caridoso senador Álvaro Dias (PSDB-PR), como ex-governador.
Diária: 3,2 salários
  • Até o término do mandato, em 2015, Pedro Simon ganhará por dia 3,2 salários mínimos (R$ 1.786), nos 1.492 dias que restam de mandato.
Um franciscano
  • Em 2000, o senador Pedro Simon ingressou na Ordem Terceira de São Francisco e fez voto de pobreza.
  • Nasceu para ser franciscano.

Do: Correio Braziliense

Disputa de cargos na Câmara vale R$ 95 mi
Os partidos que compõem a Câmara dos Deputados travam uma intensa disputa para o loteamento dos 1.168 cargos de natureza especial (CNEs). Preenchidos sem concurso público e usualmente ocupados por apadrinhados políticos, os CNEs custam R$ 95 milhões por ano aos cofres públicos. Segundo uma resolução interna da Câmara, de 2007, a distribuição dos CNEs deve obedecer ao tamanho das bancadas: partidos com maior número de integrantes têm direito a uma fatia maior de comissionados. Ocorre que legendas influentes na Casa, como PMDB e DEM, tiveram o tamanho reduzido com as eleições do ano passado e não estão dispostas a ceder o quinhão de assessores. No outro lado do ringue, PDT e PR pressionam por mais espaço, após aumentarem o número de parlamentares eleitos em 2010.

Brasília / DF :: Luiz Carlos Azedo

Arrocho na Esplanada
O governo pretende começar o corte nos gastos públicos centralizando o controle das despesas de custeio dos ministérios. Não somente dos gastos com passagens, diárias e eventos, que crescem como unha e precisam ser aparados semanalmente, mas também com os serviços de segurança, limpeza, papelaria, compra de água mineral etc. São despesas que deseducam a burocracia por causa dos desperdícios e das eventuais fraudes nas compras e na contratação de serviços.
» » » O Ministério da Fazenda está concluindo um sistema para aumentar o controle sobre esse fluxo de gastos. E o Ministério de Planejamento prepara-se para centralizar a contratação de serviços e a compra de materiais na Esplanada. O objetivo é levar adiante a política do “mais com menos”, preconizada pela presidente Dilma Rousseff como um choque de austeridade no funcionamento dos ministérios.
» » » A ordem é dar o exemplo na Esplanada para ter autoridade perante a máquina administrativa na hora de efetuar cortes de despesas de custeio e até mesmo em investimentos do PAC. Tudo isso sem paralisar a execução dos serviços prestados ao público e as obras públicas.
Arrastão
Com apoio de mais 11 pequenos partidos, a candidatura de Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Câmara dos Deputados já soma a adesão de 21 legendas (das 22 que possuem representação na Casa). Se o petista perder a eleição, será a maior “trairagem” da história da Casa.
Não tem
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior , disse ontem que as reivindicações salariais dos servidores do Judiciário precisam ter um “pé na realidade”. Segundo ela, o Judiciário já tem um salário superior ao do Executivo e o aumento de 31% é uma reivindicação “um tanto salgada” do pessoal da Justiça.
Tesourada

Não se sabe ainda o tamanho dos cortes no Orçamento da União de 2011, mas a proposta da equipe econômica deve ficar pronta em 10 dias. O contingenciamento deve ultrapassar os R$ 40 bilhões
Pressão

Sobre a interpretação de que seus aliados no PR estão passando um rolo compressor na candidatura de Sandro Mabel (PR-GO), inclusive com ameaça de expulsão da legenda, o presidente da Câmara, Marco Maia, candidato à reeleição, desconversa: “Isso é um problema interno do partido e eu não tenho nada a ver com isso”. Ontem, Valdemar da Costa Neto (PR-SP), secretário-geral do PR, e Lincoln Portela (PR-MG), novo líder do partido, procuraram Maia para informar que a executiva fechará questão no apoio ao petista.
Conspiração

O deputado Sandro Mabel (PR-GO), candidato à Presidência da Câmara, evita expor seus apoiadores na disputa. Está ciente dos riscos da candidatura e não quer indispor os aliados com o governo. No boca a boca da campanha, afirma que é candidato do governo e não fará oposição à presidente Dilma Rousseff. Mas seu slogan é desafiador: “O sonho vence a imposição”.
De ouvido

O deputado Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo, resolveu estrilar por causa das críticas ao novo Código Florestal, do qual foi o relator. “Tanto os jornalistas que escrevem e opinam sobre o Código Florestal quanto os especialistas de plantão contratados por organizações não governamentais deveriam fazer um esforço de leitura e, no mínimo, tentar chegar ao fim das 270 páginas do relatório que foi aprovado pela Comissão Especial do Código Florestal”, critica o parlamentar, que virou Geni para o movimento ambientalista.
Corre-corre
O Palácio do Planalto mobilizou-se para abortar a candidatura do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que ameaçava concorrer como avulso à Presidência da Câmara. Com apoio da bancada ruralista, poderia forçar um segundo turno na disputa.

25 de jan. de 2011

Ilimar Franco / Panorama Político.

  • Stress no PSB
  • A relação entre os governadores Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE), ambos do PSB, azedou.
  • Cid se queixa de Campos não ter cumprido acordo segundo o qual ele indicaria o secretário-executivo do Ministério da Integração e o pernambucano, o da Secretaria dos Portos.
  • Campos diz não lembrar desse compromisso. Mas não é só isso.
  • Os demais governadores do PSB se ressentem de Cid e Eduardo terem peso maior nas decisões internas e nas negociações com o governo federal.
  • Rede de intrigas em Furnas
  • A direção do PMDB desconfia que um grupo ligado ao PT de Minas Gerais é que anda produzindo dossiês contra a gestão do presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho.
  • Mas não pretende criar caso, pois o partido também quer trocar a cúpula da estatal.
  • O partido já está passando um pente-fino nos quadros técnicos da empresa para fazer suas indicações.
  • Os nomes serão apresentados ao ministro Edison Lobão (Minas e Energia), encarregado pela presidente Dilma Rousseff de promover a substituição no comando da empresa.
  • O PMDB levantou todas as nomeações no setor elétrico e conclui que 60% dos técnicos são indicações do PT. "Qual o objetivo do PMDB de SP? Ampliar seus quadros, abrir o partido.
  • E uma das aberturas se dá pela vinda do prefeito Gilberto Kassab.
  • E, além dele, muitos outros virão" - Michel Temer, vice-presidente
  • PRESSÃO.
  • A direção do PT está em campanha para que o líder do governo Lula na Câmara, Cândido Vaccarezza, de SP , seja mantido na função pela presidente Dilma Rousseff.
  • A tendência "Construindo um novo Brasil", que tem a maioria dos 88 deputados da bancada, não aceita que o cargo vá para Arlindo Chinaglia (SP), da tendência "Movimento PT", ou para Henrique Fontana (RS), da tendência "Democracia Socialista".
  • Faróis baixos
  • Desânimo na Aeronáutica com a decisão da presidente Dilma Rousseff de recomeçar o processo de escolha dos caças, que se arrasta desde o governo FH.
  • Como todos os aviões já foram analisados anteriormente, inclusive o russo, oficiais da Força Aérea não veem sentido técnico nem estratégico na decisão, a não ser adiar essa despesa.
  • Embora prefira o sueco Gripen, a Aeronáutica ficaria mais do que satisfeita com o francês Rafale. "Para quem tem um Fusquinha, está ótimo", disse um oficial.
  • A dieta: os ministros fecham a boca
  • A maioria dos ministros do governo Dilma Rousseff adotou como regra, neste início de gestão, não fazer declarações públicas.
  • Como o governo é de continuidade, consideram que não há necessidade de falar sobre as novas metas e planos de cada pasta.
  • Há muitos ministros novos e paira no ar um temor de pisar na bola.
  • A demissão de Pedro Abramovay, da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça, deve ampliar ainda mais o medo da ribalta.
  • RECONDUÇÃO.
  • O líder do PMDB, Henrique Alves (RN), vai ser reeleito para o cargo.
  • A bancada tem 79 deputados e ele já coletou mais de 60 assinaturas pela sua permanência na liderança.
  • VERDES.
  • Com o apoio de Marina Silva, o deputado eleito Alfredo Sirkis (PV-RJ) vai disputar a liderança da bancada. O PV elegeu 15 deputados.
  • IRONIA.
  • Ex-presa política, a presidente Dilma Rousseff inaugura, sexta-feira, no Rio Grande do Sul, a usina termelétrica Presidente Médici - Candiota III.

Congresso paga aposentadoria a 658 ex-parlamentares e 602 viúvas

Desativado em 1997 - modelo de pensões custará R$ 88 milhões neste ano aos cofres públicos, antigo regime permitia solicitar o benefício depois de oito anos de mandato; foi trocado por novo plano em 1999.
O Congresso - vai gastar neste ano R$ 88 milhões para o pagamento de aposentadorias e pensões a ex-parlamentares, seus parentes e ex-servidores que ainda recebem benefícios pelo extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas). O modelo, desativado em 1997, concede privilégios que foram extintos pelo Legislativo após mudança de sistema.
Estão vinculados ao regime 583 ex-deputados, 75 ex-senadores e 602 viúvas de congressistas, além de ex-servidores, cujo número não foi informado pelo Congresso. Sozinho, o Senado gasta, mensalmente, R$ 938,2 mil com o pagamento aos beneficiários do IPC. O antigo modelo concedia vantagens como requerer aposentadoria proporcional após oito anos de mandato, com direito a 25% do valor total de seu salário -com o mínimo de 50 anos de idade.
NOVO PLANO - Em 1999, o Instituto de Previdência dos Congressistas foi substituído pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Nesse modelo, que ainda está em vigor, um ex-deputado ou senador recebe o benefício de acordo com regras do regime do previdenciário dos servidores públicos federais.
O parlamentar tem a opção de aderir ou não ao sistema do Congresso - e não pode acumular a aposentadoria da Casa com o salário. Em 2011, o Legislativo vai gastar R$ 1,8 bilhão com o pagamento de aposentadorias e pensões. O valor teve crescimento de R$ 4 milhões, se comparado com o Orçamento de 2010. O aumento acontece principalmente porque os benefícios são vinculados aos salários dos congressistas. Em dezembro do ano passado, deputados e senadores elevaram seus próprios salários de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil em um reajuste que corresponde a 61,8%.
BRECHA - Os congressistas têm o prazo de 30 dias, depois de assumirem o mandato, para pedir adesão ao plano. Todos descontam a contribuição na folha de pagamento. Em dezembro, a Mesa Diretora da Câmara abriu exceção para que 12 deputados pudessem aderir ao plano anos depois de terem assumido os mandatos. O ex-deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), por exemplo, pediu para ingressar retroativamente desde fevereiro de 1999 -embora tenha apresentado formalmente o pedido somente em fevereiro de 2007. Os órgãos técnicos da Câmara se posicionaram contra, como previsto pelas regras do plano. Os deputados recorreram à "brecha" para não perder os benefícios da Previdência do Congresso -uma vez que o valor aumentou em consequência do reajuste nos salários dos congressistas. A Câmara alega que permitiu as adesões porque não terá prejuízo financeiro, já que os deputados descontam o valor proporcionalmente aos salários e retroativo à data de adesão solicitada.

Do: Correio do Povo

PMDB não dará aval para apoio a Dilma
  • Ibsen Pinheiro diz que partido não indica nem postula cargos no Planalto
  • Apesar da certeza de que o PMDB gaúcho ocupará cargos no governo Dilma Rousseff (PT), o presidente da sigla, Ibsen Pinheiro, afirma que as indicações não serão avalizadas pelo viés partidário.
  • O PMDB, partidariamente, está fora do governo.
  • Não indicamos e nem postulamos", garantiu.
  • No entanto, ele demonstrou conivência com as articulações do deputado federal Mendes Ribeiro Filho, uma das poucas lideranças do PMDB gaúcho que apoiou Dilma, para emplacar aliados em cargos estratégicos do governo federal.
  • Nada impede que um companheiro como o Mendes participe. Isso é normal. É normal que o Mendes participe assim como seria normal se o Osmar Terra participasse em caso de vitória do Serra", comparou Ibsen, citando o deputado federal da sigla que mobilizou a maioria da ala gaúcha em torno da candidatura tucana à presidência.
  • Integrantes da legenda estão divididos quanto à ocupação de cargos no governo Dilma.
  • Enquanto alguns acham "normal", argumentando sobretudo que Michel Temer (PMDB) é o vice-presidente, outros dizem que a postura é incoerente e irá enfraquecer o PMDB junto à opinião pública e como sigla de oposição ao governo Tarso Genro (PT).
  • A própria bancada do PT na Assembleia vai jogar essa dubiedade na cara dos nossos deputados", afirmou um dirigente.
  • Deputados estaduais como Gilberto Capoani e Álvaro Boéssio minimizaram a situação.
  • São coisas diferentes. Eu fiz campanha para a Dilma no segundo turno e aqui farei oposição tranquilamente", disse Boéssio.
  • Ibsen não acredita em prejuízo ao partido em decorrência da multiplicidade de posicionamentos.
  • Se o problema fossem as correntes internas, o PT jamais ganharia uma eleição.
  • É o partido mais fracionado", disse.
Além de Boka, Schneider é cotado
  • A indicação do ex-deputado estadual Sandro Boka (PMDB) para um cargo no governo Dilma Rousseff (PT), possivelmente no Porto de Rio Grande, está no topo da lista de Mendes Ribeiro Filho. "O Mendes tem compromisso com o Boka, que meteu a cara e apoiou a Dilma", afirmou um peemedebista.
  • Além disso, Boka também fez campanha para Mendes reeleger-se deputado federal.
  • Outro nome que ganha força para assumir um cargo é o de Elmar Schneider (PMDB), que ficou na terceira suplência na eleição à Câmara.
  • Conta a favor de Schneider o fato de ele ter optado pela neutralidade na eleição à Presidência da República.
Mendes diz que é ele quem indica
  • Apesar das precauções para falar sobre o tema, o deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB) afirmou ontem que caberá a ele as indicações da ala gaúcha da sigla para a ocupação de cargos no governo federal.
  • Eu vou indicar, mas o critério de nomeação não é meu", disse, explicando que a última palavra é da "Presidência da República".
  • Mendes acredita que o PMDB gaúcho se limitará ao trabalho de unificação junto ao diretório nacional da legenda e aos debates de questões internas.
  • Ele disse que, até o momento, participou apenas de conversas preliminares com o vice-presidente Michel Temer e com os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Agricultura, Wagner Rossi, além do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Alves.
  • Diante de questionamentos mais específicos sobre o ingresso de peemedebistas gaúchos no governo Dilma, Mendes adota postura defensiva.
  • Só vou falar disso depois que estiver devidamente abotoado.
  • Agora não posso. Mas é claro que o PMDB tem espaços no Rio Grande do Sul que são de natural ocupação", declarou, referindo-se as estruturas federais, como superintendências e autarquias, localizadas no Estado.
Edivilson enfrenta resistência
  • O irmão do deputado estadual Edson Brum e ex-prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum (PMDB), cotado para assumir cargo na CGTEE, enfrentaria resistência junto a Mendes Ribeiro Filho, que faz as indicações do PMDB gaúcho ao governo federal.
  • O entrave é fruto do apoio de Edivilson a José Serra (PSDB) no pleito presidencial.
Pont: ''Seria constrangedor''
  • O deputado estadual Raul Pont (PT) disse que ao ocupar cargos federais os peemedebistas gaúchos adotarão postura ambígua por terem feito, em maioria, campanha para José Serra (PSDB) e por se declararem oposição a Tarso Genro (PT).
  • Seria constrangedor para eles, disse Pont, que já ouviu protestos de petistas incomodados com a situação.
Dilma intervirá em Furnas
  • A presidente Dilma Rousseff tem mais uma negociação difícil à vista: mudança total em Furnas, feudo do PMDB fluminense, que corre o risco de fechar o segundo ano consecutivo no vermelho.
  • Engenheiros da estatal vinculam os recentes prejuízos financeiros ao aparelhamento político da direção.
Visita confirmada : Dilma no RS
  • A primeira agenda oficial da presidente Dilma Rousseff no Estado foi confirmada pelo Palácio do Planalto.
  • Na quinta-feira, Dilma participará de solenidade alusiva ao Holocausto, na Capital.
  • Na sexta-feira, inaugura a usina de Candiota III.
  • Ontem, em Brasília, a presidente recebeu camiseta autografada do Santos da jogadora Marta.

Rosane Oliveira / Zero Hora

Albergue para quem precisa
  • Do pacote de projetos que Tarso Genro encaminhará à Assembleia no início de fevereiro, nenhum tem tanta repercussão na vida da população pobre do que o da construção de albergues, batizados de casas da solidariedade.
  • O Estado vai enfim preencher um vazio ocupado nos últimos anos por deputados que montaram verdadeiras fábricas de votos ao oferecer um teto para pacientes que precisam fazer tratamento de saúde longe de casa. 
  • Mesmo para quem tem convicção de que essa não é tarefa dos deputados e que a Justiça está certa ao classificar os albergues como eleitoreiros, era difícil defender o fechamento, porque as pessoas que usam esse tipo de hospedagem não tinham a quem recorrer.
  • A omissão do Estado acabou criando duas categorias de deputados – os com albergue, reeleitos sempre com muita facilidade, e os sem albergue, que sofriam com a concorrência.
  • O deputado dono de albergue pode nunca ter pedido voto a seus hóspedes, mas forma um cadastro rico de simpatizantes que lembrarão dele na hora da eleição.
  • E não são apenas os diretamente beneficiados: amigos, parentes e vizinhos identificam nesse ato solidário um bom motivo para votar no benfeitor.
  • Oferecer abrigo a quem precisa de tratamento em outra cidade não pode ser tarefa deste ou daquele deputado.
  • Precisa ser obrigação do Estado.
  • A Constituição garante o atendimento pelo Sistema Único de Saúde a qualquer cidadão, mas essa garantia se torna inútil se ele e a família não tiverem como pagar a hospedagem na cidade que oferece tratamentos de alta complexidade. 
  • A oferta de albergues não pode ser entendida como um favor de Tarso Genro aos eleitores.
  • Trata-se de uma obrigação.
  • Diante da falta de recursos, o Estado terá de pensar em um modelo que contemple a participação da comunidade e dos próprios usuários na manutenção das casas.
Consulta por novo mandato
  • Sem um nome forte para suceder Fetter Jr. em Pelotas, o PP vai fazer uma consulta sobre a possibilidade de ele ser novamente candidato em 2012. 
  • No dia 1º, o presidente estadual do partido, Pedro Bertolucci, levará o tema ao comando nacional do PP, em busca de sustentação jurídica para a tese de que a eleição de 2008 não pode ser considerada reeleição porque quatro anos antes Fetter era o vice de Bernardo de Souza (PPS) e herdou o mandato quanto o titular adoeceu e renunciou.
Fetter muda secretariado
  • A principal novidade do novo secretariado do prefeito de Pelotas, Fetter Jr. (PP), é a entrada da ex-secretária estadual da Saúde Arita Bergmann na Secretaria Municipal da Saúde.
  • Arita é indicação do PMDB, que se fortaleceu na reestruturação do governo Fetter.
  • Com sete partidos no governo, o prefeito reduziu o número de secretarias de 21 para 15.
A posse dos novos secretários será dia 31.
  • Depois de romper o diálogo com o Sindicato Médico, alegando ter sido desrespeitado, o prefeito José Fortunati testará a fidelidade de sua base na Câmara quando for à votação o projeto que cria uma fundação para cuidar do Programa de Saúde da Família.
  • Maioria numérica ele tem.

Paparazzo
  • Ex-flanelinha e ex-engraxate que virou fotógrafo pelas mãos do ex-deputado Carlos Araújo, o gaúcho Edison Castêncio ganhou uma reportagem de duas páginas na revista IstoÉ por conta de sua ligação com a família de Dilma Rousseff.  
  • Na reportagem, ele conta que sua primeira máquina profissional foi presente do casal Dilma e Araújo e que “fotografava até os aniversários da Paulinha”.
  • A reportagem é ilustrada com fotos de Dilma tiradas por Castêncio quando ela era um personagem secundário no PDT.
  1. Às vésperas de encerrar seu mandato, o deputado Ibsen Pinheiro, 75 anos, foi pessoalmente à sede da Polícia Federal buscar o passaporte comum.
  2. O ex-presidente da Câmara encarou a fila duas vezes para obter o documento.
  3. Ele pediu a renovação no fim de 2010, antes da descoberta da derrama dos passaportes diplomáticos.
 ALIÁS
  • A mudança nos critérios para a nomeação de conselheiros da Agergs foi antecipada pelo governo para reforçar, junto à Justiça, a revogação da indicação de Vicente Britto Pereira.
Tarso viaja com Dilma
  • Convidado pelo Palácio do Planalto a acompanhar a viagem da presidente Dilma Rousseff a Buenos Aires, no dia 31, o governador Tarso não assistirá à posse dos novos deputados na Assembleia.
  • Como faltará à posse de Adão Villaverde (PT) na presidência da Assembleia, Tarso pretende compensar a ausência comparecendo pessoalmente no dia 1º ou no dia 3 para entregar a mensagem de abertura do ano legislativo.  
  • No dia 3, à noite, o governador embarca para Montevidéu, onde, no dia seguinte, terá uma série de encontros com autoridades uruguaias.
Barbada
  • Poucos governadores no Brasil têm a facilidade que o mineiro Antonio Anastasia (PSDB) tem para administrar: ele não depende da Assembleia nem para criar cargos.
  • Por decreto, abriu 1.314 novas vagas de CC que serão preenchidas até 2014.
 MIRANTE
  • Remanescente do governo Lula, Sereno Chaise não teme perder a presidência da CGTEE para os aliados do PMDB.
  • O que o PMDB quer, segundo ele, é apenas a diretoria administrativa da estatal, hoje ocupada por Eduardo Peters.  
  • O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, vai botar a boca no trombone hoje e denunciar que o governo federal deve R$ 27 bilhões às prefeituras.
  • A maior parte se refere a transferências empenhadas e não pagas até o momento.
APELO DA NÚMERO 1
  • Cinco vezes eleita a melhor jogadora do mundo, a brasileira Marta fez ontem um apelo à presidente Dilma Rousseff para que dê maior apoio e mais atenção ao futebol feminino no país.  
  • Marta entregou a Dilma uma camiseta e convidou a presidente para ir à Alemanha, em junho, assistir à Copa do Mundo de Futebol Feminino.
  • Dilma prometeu estudar a possibilidade.  
  • Em junho, a agenda preliminar da presidente prevê uma viagem à Rússia.  
  • A melhor do mundo joga pelo Santos, mas tem convites de times da Suécia e dos Estados Unidos.
 !...
  • Pela primeira vez desde a posse, Lula e Dilma participarão juntos de um ato público, hoje, em São Paulo, quando o ex-vice-presidente José Alencar deixará o hospital para receber uma homenagem.

23 de jan. de 2011

Jornal A Palavra - São Sepé/RS - Tavinho assume a presidência da Casa do Povo

Ver. Tavinho eleito Presidente da CMVSS
  • Com o discurso voltado à transparência no trabalho que será realizado, Tavinho Gazen assumiu a presidência da Câmara de Vereadores.
  • Na manhã da primeira segunda-feira de janeiro, dia 3, Luís Otávio Picada Gazen, Tavinho, do PDT, tomou posse da presidência da Câmara Municipal de Vereadores. Um coquetel e a apresentação do coral sepeense Vertente de Prata marcaram a cerimônia de posse.
  • O ato, que teve início às 10h, também contou com um significativo número de populares, que se deslocaram até o plenário Vereador Gaspar Martins para verem a nova mesa diretiva composta.
  • Além do presidente Tavinho, a mesa também é composta pelo vice-presidente Nassif Schmidt, do PDT; 2º vice-presidente Lucas Paulesky, do PSDB; 1º secretário, Adão Felisbino de Rosso, e 2º secretário Gilvane Moreira, ambos do PP.
  • Os vereadores Wolney Vasconcelos, do PP, e Antônio Carlos Araújo, o Maninho, do PMDB, não participaram do ato.
  • Em seu discurso de posse, o novo presidente salientou a importância da prestação de contas do trabalho dos vereadores: “A população precisa saber o que querem, o que dizem e o que pensam os vereadores.
  • Nossa legislatura vai mostrar para a população o que o seu vereador vota, o que debate, se é participativo ou não”, defendeu.
Confira as comissões permanentes e especiais para o exercício de 2011:
 
  1. Comissão de Orçamento, Finanças e Justiça:
    Presidente – Adão Felisbino de Rosso
    Relator – Nassif Schmidt
    Secretário – Lucas Paulesky
  2. Comissão de Educação e Assistência Social:
    Presidente – Gilvane Moreira
    Relator – Clarimundo Costa
    Secretário – Wolney Vasconcelos
  3. Comissão de Saúde e Meio Ambiente:
    Presidente – Nassif Schmidt
    Relator – Lucas Paulesky
    Secretário – Gilvane Moreira
  4. Comissão de Defesa do Consumidor:
    Presidente – Clarimundo Costa
    Relator – Nassif Schmidt
    Secretário – Antônio Carlos Araújo Pinto
  5. Comissão de Agricultura, Pecuária e Indústria:
    Presidente – Wolney Vasconcelos
    Relator – Antônio Carlos Araújo Pinto
    Secretário – Gilvane Moreira
  6. Comissão de Segurança Pública:
    Presidente – Lucas Paulesky
    Relator – Adão Felisbino de Rosso
    Secretário – Werther Vargas Filho
  7. Comissão de Ética Parlamentar:
    Presidente – Werther Vargas Filho
    Relator – Clarimundo Costa
    Secretário – Adão Felisbino de Rosso
  8. Comissão Especial:
    Presidente – Antônio Carlos Araújo Pinto
    Relator – Nassif Schmidt
    Secretário – Wolney Vasconcelos

Jornal A Palavra-São Sepé/RS - Legislativo tem primeiro ato de 2011


Na Sessão, vereadores foram unânimes na aprovação de cinco projetos
 
  • A segunda-feira do dia 17 de janeiro serviu para a primeira sessão do ano na Câmara Municipal de Vereadores.
  • No evento, ocorrido às 11h, os vereadores foram unânimes na aprovação de cinco projetos que entraram em votação.
  • Para isso, todos os vereadores estiveram presentes no plenário Vereador Gaspar Martins, com exceção do vereador Wolney Vasconcelos, do PP.
  • O projeto nº 001/2011 foi encaminhado pela Mesa Diretiva da Câmara e concedia reposição salarial de 3.7% aos vereadores e percentual idêntico ao dos servidores do executivo municipal aos servidores do legislativo.
  • O projeto gerou o comentário do presidente Tavinho Gazen, do PDT, reiterando que a reposição dos vereadores não chegaria aos 70% concedidos no Congresso Nacional e que gerou efeito cascata nas câmaras do país.
  • O segundo projeto a entrar na pauta foi o de nº 002/2011, que concedeu revisão geral anual ao prefeito e vice-prefeito para outras providências.

Jornal A Palavra - São Sepé/RS - PT volta ao cenário político

Jarci está otimista na nova função
  • Novo presidente local garante que o partido voltará a figurar como personagem principal.
  • No dia 22 de dezembro, o professor Jarci Santana assumiu de maneira temporária o comando do Partido dos Trabalhadores em São Sepé, PT, e para tanto, visitou a redação de A Palavra, quando explicou algumas medidas e ações que serão tomadas visando o crescimento do partido.
  • Até então quem presidia o PT era Paulo Cezar Gazen, mas de acordo com o estatuto do mesmo, Gazen se afastou através de um licenciamento espontâneo.
  • Vamos acelerar o crescimento do partido, readquirir credibilidade, fazer chamamentos aos militantes”, garantiu o novo presidente.
  • Para que esses objetivos tomem forma, ele pretende promover ações coletivas com visão de futuro em prol de um objetivo coletivo, que segundo ele, é o bem do município.
  • Temos que ser vistos como protagonistas, não mais como coadjuvantes.
  • Temos o sonho de administrar São Sepé”, afirmou.E as ações já começam no próximo mês, quando lideranças do PT virão à cidade para um jantar, que terá como cardápio principal galeto, e reunirá a comunidade no dia 11, sexta-feira.
  • Quando perguntado sobre suas expectativas por estar à frente da entidade, que hoje em dia reúne cerca de 250 filiados no município, Santana detalhou tudo: “A minha expectativa é toda positiva, já pressentimos o interesse das pessoas que querem filiar-se ao PT”, comentou.

21 de jan. de 2011

Carolina Bahia/Zero Hora

A tradição do beija-mão
A cena dos prefeitos de pires na mão deveria ser banida de Brasília. Situações de emergência precisam ser tratadas com agilidade, o que depende do trabalho integrado entre União, Estados e municípios. A burocracia arraigada paralisa as áreas técnicas. O poder político de controlar a liberação do orçamento alimenta as romarias à Capital Federal. No caso da estiagem, foi necessário que um grupo de prefeitos batesse de porta em porta para conquistar o que já deveria ter sido anunciado, como a prorrogação de dívidas agrícolas e o apoio técnico para projetos. Para completar, o maquinário que ajudaria na abertura de açudes está parado por falta de pagamento. O equipamento foi entregue aos municípios, mas o governo federal havia congelado os repasses. O socorro, neste momento, é uma obrigação e não um favor político.
Faz de conta
Empresários e especialistas sabem que o Banco Central não tem outra saída de curto prazo para conter a alta da inflação senão o aumento de juros. As críticas são só para firmar posição.
De volta
Ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel  assumirá a diretoria de crédito do Banrisul. Ele havia sido sondado pela equipe econômica para permanecer no governo Dilma, mas decidiu voltar ao Estado. Cassel viajou ontem, no final da tarde, de Brasília para Porto Alegre.
O outro lado
A superintendência da Funasa no Rio Grande do Sul informa que, desde 2007, acumula R$ 4 milhões desprezados pelos municípios. Os recursos foram colocados à disposição das comunidades quilombolas, em especial para obras de saneamento, mas simplesmente não foram utilizados. O motivo seria a falta de projetos, sob a responsabilidade dos prefeitos.
Coerência?
Em nota à coluna, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, alega ser coerente o prazo de março para a ajuda às comunidades quilombolas que sofrem com a seca.
Segundo a ministra, é o prazo necessário para que as prefeituras concluam projetos, como investimentos em moradias e cisternas. As ações emergenciais ficam por conta do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Por falar nisso...
Será que o plano de prevenção a catástrofes resiste ao jogo de empurra do setor público?
JOGO RÁPIDO
Se alguém apostou que a quarentena do ex-presidente Lula teria vida longa, perdeu feio. Ele quer brilhar sozinho no Fórum Social Mundial, em Dacar.  O Plano Safra será anunciado pelo governo em maio e não em junho. O objetivo é disponibilizar o crédito ao produtor mais cedo do que de costume, no dia 1º de julho.

20 de jan. de 2011

DiegoCasagrande.com.br: Alvaro Dias pede R$ 1,6 mi de aposentadoria retroa...

DiegoCasagrande.com.br: Alvaro Dias pede R$ 1,6 mi de aposentadoria retroa...: "O senador Álvaro Dias (PSDB) vinha se cacifando como um dos líderes da oposição brasileira. Bota fora toda imagem que construiu até aqui... ..."

STF provoca confusão com suplentes

Mário Coelho
Uma decisão tomada no ano passado abre dúvida sobre quem assumirá como deputado no lugar daqueles que saíram para ser secretários ou ministros. A decisão do Supremo pode modificar um critério que é usado há décadas.Em dezembro do ano passado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram que a Câmara dos Deputados empossasse o primeiro suplente do partido, e não da coligação, no lugar do ex-deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que havia renunciado ao mandato. A decisão, em caráter liminar, instalou dúvidas jurídicas e suscitou críticas ao STF. Isso porque pode modificar a composição das bancadas federais, já que pelo menos 41 parlamentares se licenciarão para assumir secretarias e ministérios. Se prevalecer a decisão do Supremo, as vagas serão preenchidas de uma forma diferente da que a Câmara vem usando há cinco décadas. Um critério que está sendo usado agora, para empossar suplentes que entram nas vagas dos atuais parlamentares, como, por exemplo, os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP), que assumiu o Ministério da Justiça, e Antonio Palocci (PT-SP), titular da Casa Civil. De todos os titulares da atual legislatura que se afastaram dos cargos para assumir posições no Executivo, nenhum foi substituído da forma determinada pelo Supremo. A confusão se dá porque suplentes estão entrando no STF pedindo que a mesma decisão tomada no caso de Natan Donadon os favoreça. Até o momento, dois já apresentaram mandados de segurança pedindo para serem declarados como primeiro o primeiro da fila. Desta maneira, assumiriam o mandato de deputado federal logo após os titulares dos cargos se afastarem para atuar no Executivo. O último deles foi Carlos Victor da Rocha Mendes (PSB). Com 27.286 votos, ele foi diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) como segundo suplente da coligação formada pelo PSB e pelo PMN. Ele quer que o Supremo conceda uma liminar para entrar na vaga deixada por Alexandre Cardoso (PSB), eleito deputado federal e confirmado por Sérgio Cabral para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Pela regra usada pela regra, que determina que toma posse o suplente mais votado da coligação eleita, quem assume no lugar de Alexandre Cardoso é Alberto Lopes, do PMN. Além dele, também entrou no STF e espera o recesso do Judiciário acabar o suplente Humberto Souto (PPS-MG). O caso dele é o mesmo de Rocha Mendes. Ele quer ficar na vaga de Alexandre Oliveira (PPS-MG), eleito deputado e que tomou posse como secretário de Gestão Metropolitana do governo mineiro. No mandado de segurança, Souto usa como argumento parte da decisão do STF em dezembro. Ele argumenta que os efeitos da coligação cessam com o fim das eleições. A partir daí o que vale, na visão do suplente, é o desempenho do partido.
“O ministro não entendeu”
A lógica da maioria dos ministros do STF contraria o que está previsto no Código Eleitoral. Nele, está a previsão de que, para as eleições, as coligações equivalem a um partido político. “Isso indica que o ministro não entendeu como funcionam as coligações para as eleições proporcionais”, disparou o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer. Ele se referiu ao voto do ministro Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo que abriu toda a polêmica.No dia 9 de dezembro do ano passado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concederam liminar em Mandado de Segurança (MS 29988) impetrado pela Comissão Executiva do Diretório Nacional do PMDB e determinaram que a vaga decorrente da renúncia do deputado Natan Donadon (PMDB-RO),  ocorrida no último dia 27 de outubro, seja ocupada pela primeira suplente do partido, Raquel Duarte Carvalho. Pelo critério da coligação, quem deveria ter tomado posse era Agnaldo Muniz. Mas havia uma particularidade no caso dele. Quando Donadon renunciou, Agnaldo Muniz já não estava mais filiado ao PP, o partido que se coligara ao PMDB nas eleições de 2006. Mendes, no seu voto, disse que a jurisprudência, tanto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando do STF, é firme no sentido de que o mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral proporcional pertence ao partido. Como base, ele usou a resolução do TSE que regulmentou a fidelidade partidária. A norma estabelece que o mandato pertence à legenda, e não ao candidato. Em segundo lugar porque a formação de coligação é uma faculdade atribuída aos partidos políticos para disputa do pleito, tendo caráter temporário e restrito ao processo eleitoral. O problema, na opinião dos que divergem da decisão dos ministros, é que a relação dos suplentes no caso da Câmara obedece a um resultado eleitoral: eles são os mais bem votados logo abaixo daqueles que foram eleitos deputados. Se a coligação foi usada no cálculo da escolha dos titulares, logicamente deve ser usada também no caso do suplentes.
Queda de braço
“A coligação foi feita lá atrás, espero que essa decisão do STF seja revista”, afirmou o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF). Eleito federal em 2006, não conseguiu a reeleição na eleição passada. Acabou ficando como segundo suplente na coligação entre PPS e PT. Como dois petistas fazem parte do governo de Agnelo Queiroz (PT) – Geraldo Magela e Paulo Tadeu –, ele deve assumir o mandato após a posse dos eleitos. No entanto, se o Supremo confirmar o entendimento de que deve assumir o primeiro suplente do partido, e não da coligação, Carvalho pode perder o cargo. O parlamentar, que chegou a ser secretário de Saúde no governo de José Roberto Arruda (ex-DEM), pode ser substituído por João Maria, petista que obteve 2.199 votos em outubro passado, cerca de 16 mil a menos do que Augusto (18.893). Augusto tem confiança que a Câmara mantenha o entendimento do caso de Natan Donandon. Ao receber a decisão do Supremo, o vice-presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), enviou a decisão para ser analisada pelo corregedor ACM Neto (DEM-BA). A Mesa Diretora, com base em relatório feito pelo demista, decidiu cumprir a determinação do STF. No entanto, resolveu que ela só valeria para o caso específico, não passaria a ser usada como regra para os demais, a não ser que eles também entrassem na Justiça. Ou seja: a decisão da Câmara pode estabelecer uma queda de braço com o Supremo, caso ele mantenha a decisão ao julgar outras ações.“Se a decisão do STF for estendida aos outros casos, isso vai desvirtuar o processo eleitoral brasileiro, pois as coligações, na prática, anulam individualmente os partidos e têm efeitos que vão até depois das eleições. Não vejo como o Supremo poderia mudar esse entendimento, que é histórico”, disse o corregedor da Câmara no seu relatório. A decisão da Casa ocorreu em 1º de janeiro, logo após a posse de Dilma Rousseff como presidenta da República.Um dos pontos do relatório de ACM Neto é que os efeitos das coligações duram toda a legislatura. Afinal, o quociente partidário foi calculado com base na votação da união dos partidos nas eleições. “Permitir que as coligações tenham efeito para a formação do quociente partidário e, depois, cassar dos partidos que a compuseram até mesmo o direito à suplência gera situações profundamente iníquas em relação às siglas coligadas e ao eleitorado”, apontou o deputado baiano.
“Idiota”
David Fleischer não poupa o Supremo, na decisão que considera totalmente equivocada. Para ele, a postura do STF foi “idiota e pontual”. No entendimento do cientista político da UnB, a interpretação da Câmara, diante da confusão, foi correta. Ele vislumbra, no caso, uma boa oportunidade para os parlamentares apresentarem um projeto de reforma política que acabe com divergências do tipo. Porém, lembra que os deputados tiveram outras oportunidades, como na resolução que regulamentou a fidelidade partidária. “Naquela oportunidade, a Câmara se mostrou inábil. A mesma coisa deve acontecer agora”, opinou Fleischer.
Em entrevista à Agência Câmara, o ex-ministro do STF Carlos Velloso avalia que um precedente importante foi aberto para futuras manifestações do tribunal. “A decisão do Supremo está correta, pois se o mandato pertence ao partido é o suplente do partido que deve assumir, mas foi aberto um precedente sério e isso deverá levar outros partidos a pleitearam o mesmo”, declarou. Há duas semanas, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, afirmou em Belo Horizonte que a corte eleitoral deve iniciar os trabalhos deste ano resolvendo as divergências sobre a nomeação de suplentes na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas.