7 de jan. de 2011

Panorama Político / Ilimar Franco

Recuo estratégico Depois de espalhar brasa para todo lado, os líderes do PMDB resolveram submergir. A estratégia é não esticar demais a corda. Eles conseguiram emplacar pelo menos uma nomeação no segundo escalão: o novo presidente do INSS será Mauro Luciano Hauschild, ex-chefe de gabinete do ministro do STF José Antonio Dias Toffoli. Substituirá Valdir Moysés Simão, apadrinhado pelo PT.
SEM TETO.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) teve de desistir de alugar uma casa no Lago Sul. Ele estava para assinar o contrato quando entrou em cena a segurança e vetou a moradia escolhida. Alegaram que ela era muito vulnerável: fundos para a avenida principal do Lago Sul, muros baixos e jardim de inverno envidraçado. E que seria constrangedor se a casa do ministro da Justiça viesse a ser assaltada.
Abuso Irritação no governo Dilma Rousseff com a postura do presidente do STF, ministro Cezar Peluso, no caso Cesare Battisti. O que se diz é que Peluso foi derrotado e que não há mais razão jurídica para que o italiano seja mantido preso. Campo de batalha Além da proposta de alteração do Código Florestal, o Ministério do Meio Ambiente tem outra batalha no Congresso: projeto que tira poderes de fiscalização do Ibama e dispensa o licenciamento ambiental para alguns empreendimentos. Não há espaço vazio na política Parlamentares experientes da base do governo estão preocupados com a falta de iniciativa dos ministros e da presidente Dilma Rousseff. Avaliam que já estava mais do que na hora de a presidente e seus ministros tentarem criar fatos novos para deixar em segundo plano a disputa por cargos entre o PT e o PMDB. Eles também invocam o exemplo do presidente Lula, que "criava um fato político novo por dia".
Swedenberger Barbosa, o Berge, vai continuar no Palácio do Planalto. Ele estava no gabinete pessoal do presidente e vai para a coordenação da assessoria do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.