12 de jan. de 2011

O Estado de São Paulo

Procuradoria aciona Alckmin, Aloysio e deputados do PT por doação ilegal
  • A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo protocolou ações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o objetivo de instaurar processo de investigação judicial eleitoral e cassar o mandato de 17 candidatos de São Paulo nas eleições 2010, incluindo o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e seu vice, Guilherme Afif Domingos (DEM).
  • Nos documentos apresentados na sexta-feira, o órgão alega "possíveis irregularidades na captação de recursos eleitorais". Além do governador e de seu vice, são alvo o ex-tesoureiro da campanha a presidente de Dilma Rousseff, o deputado federal eleito José de Fillipi Júnior (PT), o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e os deputados federais do PT Janete Pietá, Cândido Vaccarezza e Carlos Zarattini, entre outros.
  •  A procuradoria pede cassação dos mandatos. As ações têm como fundamento o artigo 30-A da Lei 9.504/97 - captação e gastos ilícitos de recursos -, "em especial diante da constatação de que fontes vedadas teriam sido utilizadas no aporte de recursos para as respectivas campanhas eleitorais".
  •  A procuradoria destaca ainda que as ações "não implicam em juízo de responsabilização direta de quaisquer dos candidatos, mas apenas a deflagração do procedimento legalmente previsto para a apuração dos fatos".
Dilma autoriza PMDB a negociar cargos
  • Um dia depois de ignorar a pressão do PMDB e se recusar a ceder uma cadeira ao partido no seu núcleo político além da já ocupada pelo vice-presidente Michel Temer, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um agrado aos peemedebistas, iniciando um processo de paz com o parceiro.
  • Por intermédio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, Dilma autorizou o PMDB a negociar diretamente com os petistas os cargos que desejam manter nos ministérios tocados pelo PT e que eles consideram ser vitais para a máquina partidária.
  • É o caso, por exemplo, da presidência da Funasa, que tem orçamento de R$ 5 bilhões.
  • O PMDB luta para impedir a demissão de Faustino Lins, indicado pelo líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
  • Em compensação, o PMDB comprometeu-se com Palocci a apoiar a candidatura de Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara, além de não formalizar um bloco parlamentar com o PP, PR, PTB e PSC, que teria 202 deputados e condições de dominar os principais cargos na Casa.
  • Logo pela manhã, Palocci convocou para uma conversa o vice Michel Temer e o líder Henrique Eduardo Alves.
  • Falou-lhes que ao governo não interessava a briga entre o PT e o PMDB por cargos de segundo escalão, que o desgaste político é certo e que todos sairiam perdendo.
  • Os peemedebistas queixaram-se do avanço do PT sobre os cargos do PMDB. Palocci respondeu que eles estavam autorizados a negociar diretamente com os ministros a manutenção dos cargos dos afilhados.
  • À tarde, Temer foi à casa de Marco Maia anunciar o apoio do PMDB à candidatura dele à presidência da Câmara.
  • PT e PMDB têm um acordo de rodízio no comando da Câmara.
  • Em 2013, caberá ao partido de Temer eleger o novo presidente - O candidato é Henrique Alves.
  • Pente-fino - Na reunião de ontem, peemedebistas e petistas fizeram uma checagem de nome por nome da bancada peemedebista para identificar possíveis dissidentes na eleição para a Câmara no dia 1.º de fevereiro.
  • Também montaram uma agenda de reuniões de Maia com deputados nos Estados.
  •  As primeiras serão no Paraná e em Santa Catarina, Estados governados por partidos de oposição, PSDB e DEM, na próxima quinta-feira.
  • Na segunda-feira, também a pedido de Palocci, Temer havia conversado com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
  • Ele e Henrique Alves vinham verbalizando o descontentamento do PMDB. Cunha chegou a anunciar que apresentaria uma emenda à medida provisória do salário mínimo para aumentá-lo de R$ 540 para R$ 560.
  • Na tarde de ontem, Henrique Alves procurou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para falar da importância da Funasa para o PMDB.
  • Os dois haviam trocado xingamentos pelo telefone por causa dessa questão. Padilha comprometeu-se a segurar a nomeação do novo presidente da Funasa e a manter as negociações.
Humberto Costa é o novo líder do PT no Senado
  • Por unanimidade, os senadores do PT elegeram o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PE) novo líder da bancada do partido no Senado.
  • Dos 15 senadores, estavam ausentes Jorge Vianna (AC), Ângela Portela (RR) e Wellington Dias (PI).
  • Logo após a reunião, o novo líder afirmou que pretende fazer uma gestão democrática, priorizando a defesa do governo e procurando maior entendimento com os outros partidos, principalmente com a oposição.