12 de jan. de 2011

Carolina Bahia - Zero Hora

Segurança e alegorias
Lançado como a grande revolução na área de segurança pelo governo Lula, o Pronasci sofrerá mudanças sob o comando da presidente Dilma Rousseff. Peça fundamental do pacto pela segurança, que Dilma vai propor aos governadores no próximo mês, o programa ficará mais enxuto, com foco concentrado nas regiões de maior violência. A pulverização das ações em mais de cem municípios – tão importante para o marketing do Planalto em 2007– se mostrou pouco produtiva. A ideia, agora, é que governadores e prefeitos de áreas urbanas conflagradas trabalhem em parceria para a apresentação de projetos. A liberação do financiamento poderá estar condicionada até mesmo ao redesenho do policiamento. Nos Territórios da Paz, a contrapartida deverá ser o investimento na polícia comunitária. O desafio do Ministério da Justiça é provar, nas ruas, que desta vez o combate à violência vai descer do palanque.
Aplainando
No próximo dia 21, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, desembarcam no Estado para uma primeira conversa com o governador Tarso Genro. A missão é ajustar com o Piratini as medidas mais urgentes. O trabalho integrado das polícias está na agenda. Ministro da Justiça no governo Lula, foi Tarso quem lançou o Pronasci.
Braço
Na tentativa de recuperar o peso político da Representação do Rio Grande do Sul em Brasília, o Piratini indicou Ronaldo Teixeira  para o cargo de secretário. Homem de confiança de Tarso, Teixeira esteve ao lado do petista no Ministério da Justiça. Depois do escândalo envolvendo o ex-secretário Marcelo Cavalcante – que morreu em 2009 –, a chamada embaixada gaúcha caiu no ostracismo.
Estilhaços
O projeto Parques da Copa – iniciativa do Planalto para o Mundial da Fifa de 2014 – já definiu cerca de 30 áreas nacionais que devem receber investimentos. O principal objetivo do programa é reestruturar reservas com potencial para receber turistas durante o evento. Um dos escolhidos foi o dos Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul. Além do parque, a cidade de Cambará do Sul e seus acessos terão de ser reestruturados.
RECORTE E COBRE
Missiva
À frente do Ministério das Comunicações, Paulo Bernardo estima em até oito meses o prazo para deixar os Correios funcionando como nos bons tempos. Na partilha política da Era Lula, a empresa foi entregue ao PMDB e quase sucumbiu. O novo presidente é Wagner Pinheiro, ligado ao PT de Campinas.