29 de set. de 2010

Zero Hora / Carolina Bahia

Padrinho de fé
A força de Lula também será colocada à prova nestes últimos cinco dias antes das eleições. Se ele foi o padrinho que alavancou a candidatura de Dilma Rousseff, compensando a falta de experiência da ex-ministra, agora vai se empenhar ao limite para assegurar a possibilidade de vitória no primeiro turno. A pesquisa Datafolha jogou água fria nos planos dos petistas – que demonstravam tranquilidade diante das oscilações junto ao eleitorado. Agora, o que mais preocupa é a perda de votos entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, uma classe média que ascendeu com o governo Lula. Nesse segmento – 45 milhões de eleitores –, houve uma queda de 5% nas intenções de voto. Os escândalos envolvendo a Casa Civil cobram a conta, atingindo o desempenho da candidata até mesmo entre aqueles que estão para lá de satisfeitos com a política econômica.
Rosa
Se Dilma não se eleger no primeiro turno, será em função do voto feminino. As mulheres sempre representaram um nicho de maior resistência à petista.
JOGO RÁPIDO
O dia do último debate na TV será de concentração para os presidenciáveis. Amanhã, José Serra chega ao Rio bem cedo, participa de alguma atividade para garantir imagens para a TV e depois sai de cena. Dilma Rousseff aumentou as horas dedicadas ao treinamento e à revisão de informações. Já a equipe de Marina Silva passou a semana checando dados. Ela desembarca no Rio hoje à tarde.
Força máxima
Mobilização geral da Polícia Federal no Rio Grande do Sul para estes últimos dias de campanha. Folgas e férias foram suspensas. As atenções estarão voltadas para os municípios que registraram irregularidades nas últimas eleições. O superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto , no entanto, afirma que até agora não foram detectados casos graves.
Por falar nisso...
Um gaúcho está à frente da equipe de policiais federais responsáveis pela segurança da presidenciável petista. Dos profissionais que acompanham a candidata em Brasília, oito são do Estado.
Missão
Líderes regionais do PSDB estão recebendo telefonemas do presidente do partido, Sérgio Guerra. Na segunda-feira, o senador tucano conversou com o deputado Claudio Diaz sobre a chance de levar a eleição ao segundo turno e pediu mais mobilização no Estado.