- A soberba faz mal a política.
- A eleição não está decidida.
- A onda vermelha, parece, não passou de uma marolinha.
- A avidez dos apoiadores, que já estavam dividindo os cargos do futuro governo, foi contida.
- A comemoração da vitória, antes do apito final do juiz, pode explicar a violência dos ataques à liberdade de imprensa e à oposição em geral.
- É importante para o país uma discussão de programas e propostas.
- Até o momento, a campanha ficou resumida ao protagonismo de Lula e às graves denúncias envolvendo ministros e aliados do governo.
- É preciso muito mais que isso.
- Os debates entre os presidenciáveis foram inúteis.
- Viraram monólogos.
- O enfrentamento democrático entre candidatos acabou se transformando numa repetição enfadonha de promessas, recheadas de números, sem sentido algum.
- Ninguém aguenta mais debates que não são debates, onde as grandes questões nacionais são ignoradas.
- Até os ataques aos adversários são mal elaborados.
- O cronômetro, indicando que o tempo para a resposta do candidato está terminando, é o melhor aliado do telespectador.
- O desinteresse popular é evidente.
- A ausência de política empobreceu a eleição.
- A repetição das velhas fórmulas esgotou a paciência do eleitor.
- A falsa euforia do corpo a corpo nas ruas, que serve simplesmente para obter imagens para a TV, é a melhor representação de uma campanha pobre de ideias e recheada de marketing vazio.
- Para a estratégia do governo é essencial despolitizar a eleição.
- Transforma-la em um plebiscito. As diferenças políticas devem ser diluídas.
- Daí que não causa estranheza a aliança oficial combinar o apoio do empresariado, com os beneficiados pelos programas assistencialistas e os dirigentes sindicais amarelos.
- Nesse coquetel infernal deve ser acrescentado o apoio dos oligarcas estaduais. Barbalho, Sarney, Calheiros e Collor servem para obter votos nos burgos podres.
- Mas é o típico apoio envergonhado: nos grandes centros seriam hostilizados.
- Uma campanha sem ideologia sempre foi o desejo do governo.
- Até este momento conseguiu o seu intento.
- Caso ocorra um segundo turno, o artifício deverá ter vida curta.
- A polarização, com a apresentação de dois projetos para o país, é tudo o que Lula não quer.
- Os candidatos terão tempos iguais na televisão.
- E nos debates o confronto será inevitável.
- A oposição vai ter um teste de fogo.
- Terá de apresentar um programa de governo.
- Mostrar unidade e combatividade.
- E realizar algo que tinha esquecido nos últimos tempos: fazer política.
"Política com ética. Administração pública com responsabilidade." O objetivo com este blog de política é levar ao conhecimento do leitor, para que ele acompanhe o desempenho dos seus representantes eleitos, contribuindo para melhorar cada vez mais a qualidade da representação política no país.