14 de set. de 2010

Panorama Político :: Ilimar Franco

Planalto apreensivo
O presidente Lula vai segurar a ministra Erenice Guerra na Casa Civil. Só não o fará se surgir, na sua visão, “um fato concreto” ou se a Comissão de Ética Pública fizer restrições à conduta da ministra. O presidente quer matar o assunto logo e, se o caso for de demissão, fará isso imediatamente, mesmo às vésperas da eleição. Segundo um assessor direto de Lula, “não é inteligente cozinhar crise no governo” e “sangrar dá prejuízo eleitoral”.
Erenice, a síndica dos Correios
O PMDB do Senado foi defenestrado dos cargos que ocupava nos Correios depois que Erenice Guerra assumiu a Casa Civil. O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) era o padrinho do ex-diretor de Operações da empresa Marco Antonio Oliveira. Ele foi substituído por Artur Rodrigues da Silva, indicado por Erenice. O mesmo aconteceu com o ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Custódio, que era da cota do senador peemedebista Renan Calheiros (AL). Ele foi substituído por David José de Matos, também indicado por ela. As mudanças foram feitas porque o governo temia que a gestão do PMDB gerasse um escândalo.“Após as eleições virá o estouro da boiada. Vai ser uma correria como nunca se viu antes. Vai ter muito político dilmista desde criancinha” — Roberto Jefferson, presidente do PTB, prevendo troca-troca partidário.