8 de set. de 2010

Panorama Político / Taline Oppitz

Tentativa de minimizar divergências
  • Coordenador-geral da campanha de José Fogaça, o deputado federal Mendes Ribeiro Filho, do PMDB, deu uma entrevista para afirmar que contará com reforços estratégicos de lideranças e que a mobilização nos dias que antecedem a eleição de 3 de outubro será intensificada. Na prática, Mendes deu o recado que permanece no comando.
  • A 24 dias da data do primeiro turno e apesar das declarações oficiais em contrário, a insatisfação com os rumos da campanha entre alas do PMDB, que brigam entre si, e de integrantes do parceiro PDT, são em alguns casos evidentes e, em outros, latentes.
  • A necessidade de reafirmar sucessivas vezes que não há problemas envolvendo a estratégia colocada em prática na eleição nem resistências à coordenação de campanha de Fogaça é um dos indicativos - que não deveria ser ignorado pelas cúpulas do dois partidos - de que as insatisfações e quedas de braço internas não foram totalmente contidas e continuam atrapalhando o foco que deveria ser a prioridade: garantir vaga no segundo turno da corrida ao Piratini.
Replay
  • Caso Fogaça não obtenha êxito na eleição deste ano, o PMDB precisará estar preparado para enfrentar a ampliação do racha interno envolvendo duas alas do partido e cobranças sobre quem foram os responsáveis pelo resultado da disputa. Será uma reedição do episódio vivido por Tarso Genro, que se lançou candidato em 2002, vencendo prévia contra Olívio Dutra, e acabou derrotado pelas urnas, atitude que gerou fortes cobranças de correntes internas do PT.
De camarote
  • Apontado como o preferido nas últimas pesquisas de intenção de voto entre os gaúchos, o PT de Tarso Genro se empenha na tentativa de dar fim à disputa no primeiro turno e assiste de camarote aos episódios com potencial para atrapalhar o desempenho de seus principais adversários na sucessão ao governo do Estado.
Última vez
  • Lula acompanhou o desfile do 7 de Setembro, em Brasília, ao lado de autoridades como Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados e vice de Dilma Rousseff, e da primeira-dama Mariza Letícia. Esta foi a última vez que Lula assistiu às comemorações como presidente da República. Pelo menos pelos próximos quatro anos.
Munição gaúcha
  • O PT gaúcho não pretende utilizar o caso de acessos a dados sigilosos de autoridades na campanha, mas irá municiar a cúpula nacional do partido com informações sobre o episódio. Em entrevista ao repórter Carlos Rollsing, publicada nesta edição, José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, deixou claro que o tema deve ser explorado como contra-ataque às investidas do PSDB nacional sobre vazamentos da Receita.
Novo capítulo diário
  • Assim como no caso de vazamentos da Receita Federal, o episódio de acessos a dados de autoridades no Estado ganha um ou mais capítulos diariamente. Em ambos, as versões de autoridades responsáveis e de supostos envolvidos divergem e precisam ser investigadas a fundo.
  • O Conselho Estadual de Cultura convidou todos os candidatos ao Piratini para painel, amanhã, das 14h às 18h, no Auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural Erico Verissimo da CEEE. A expectativa agora é sobre quem irá comparecer.
  • Depois da governadora Yeda Crusius, agora foi o senador Pedro Simon ter uma queda em casa. Simon quebrou e cortou um dedo, mas passa bem.
  • Peemedebistas estão estranhando o fato de a gravação feita por Simon, de apoio a Fogaça, ainda não ter sido veiculada.
  • O PSDB não desistiu da ameaça de punir o PMDB com o corte da cargos de confiança no Piratini caso o partido não dê acordo de líderes, na Assembleia, para a votação de projetos de interesse do governo.