Márcio Silva diz que só empresta sala a Euriza...
"Não sei o que eles fazem lá", afirma sócio do escritório - O advogado Márcio Luiz Silva, sócio do Trajano e Silva e membro da equipe de advogados da campanha do PT à Presidência, afirmou que seu escritório não participa de negócios fechados por Maria Euriza Carvalho, irmã da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, quando ela utiliza a sala de visitantes para trabalhar. Euriza não trabalha mais na Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Voltou a advogar no Rio e, quando vai a Brasília, usa a sala de advogado visitante do Trajano e Silva. Márcio Silva diz que a sala é usada por outros colegas, de São Paulo e do Paraná, que estão na cidade em razão de algum trabalho. A sala tem mesa e um computador com impressora. Segundo Silva, Euriza usa o local uma vez por mês. O advogado autorizou que Euriza usasse o endereço do escritório em seu cartão profissional. Segundo o advogado, nem ela nem os demais colegas pagam pelo uso do espaço: — Euriza, assim como outros colegas, usa a sala quando está em Brasília. Mas nunca foi fechado qualquer negócio intermediado por Euriza com meu escritório. A sala de visitantes é privativa. Não sei o que eles fazem lá, assim como eles não sabem o que faço na minha sala de trabalhos, que também é privativa. O advogado Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, afirma que também tem sala para visitantes: — É gentileza entre colegas, é normal. Tenho uma sala em meu escritório e cedo para colegas de fora usarem esporadicamente. “Não tenho como me distanciar dos três amigos” Silva é advogado eleitoral em Brasília e há anos advoga para o PT, mas tem clientes de outros partidos. Ele explica a presença de familiares de Erenice Guerra no local: além de Antonio Carvalho, irmão da ministra, ter sido seu sócio por cerca de um ano, há a antiga relação de amizade com ela e com seus familiares. — Não tenho como me distanciar dos três amigos, Erenice, Antonio e Euriza. Mas não tenho relação alguma com isso que estão dizendo do filho de Erenice — disse Silva. — A Euriza despachou aqui até 15 dias atrás e pode voltar a fazê-lo quando quiser. Não tem nada errado com ela. O advogado confirmou que Israel Guerra foi autorizado pelo tio a usar a sala para receber pessoas.
