Quando dirige a palavra ao cidadão, Luiz Inácio da Silva não se incomoda com fato de abusar da mitomania que marcou a sua existência política nos últimos noventa e dois meses. Desde que o horário eleitoral passou a atormentar a vida do brasileiro, Lula tem invadido os lares verde-louros para pedir votos a companheiros e aliados. O auge da desfaçatez se faz presente quando o presidente-metalúrgico pede aos eleitores paulistas para que votem no pagodeiro e dublê de vereador Netinho de Paula, candidato do PCdoB ao Senado Federal.Lula chega ao desplante de afirmar que ficou feliz ao saber que Netinho concorreria à Câmara Alta e que o pagodeiro, por conhecer as dificuldades do povo, dará uma “cara nova ao Senado”. Como se sabe, Netinho de Paula acabou na delegacia, em 2005, por agredir com violência física a sua então mulher, a decoradora Sandra Mendes de Figueiredo Crunfli.A agressão aconteceu logo após Sandra se recusar a assinar um documento que, de acordo com o que consta no inquérito aberto na 52ª Delegacia de Polícia da capital paulista, lhe ceifava direitos conjugais.Que Netinho de Paula é um desequilibrado emocional todos sabem, mas Lula não tem o direito de, por conta do desejo de implantar uma ditadura no Brasil, instalar na mais importante casa parlamentar um espancador de mulheres.Nos últimos anos Lula da Silva se especializou em alegar que desconhece esse ou aquele episódio, mas deveria procurar na rede mundial de computadores algumas imagens do estrago que o seu candidato ao Senado provocou no rosto da decoradora Sandra Crunfli. Como se não bastasse, Netinho agrediu o humorista Rodrigo Scarpa, o “Repórter Vesgo” do programa “Pânico na TV”.Mas o presidente parece não se importar com agressão a mulheres, pois em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista conhecida como berço do sindicalismo nacional, Lula já se derreteu nos braços do forrozeiro e vice-prefeito Frank Aguiar, que também agrediu com violência a ex-mulher, Renata Banhara.
