3 de dez. de 2010

Zero Hora/ Carolina Bahia

Recado no placar
Os aliados mandaram um recado para o governo do PT via painel do plenário. Se não estiverem confortavelmente instalados em vagas de luxo na Esplanada, a vida de Antonio Palocci será para lá de difícil na Casa Civil. A vitória do governo na batalha do pré-sal foi parcial. A aprovação do modelo de exploração e do fundo social era prioridade absoluta do Planalto, mas a divisão dos royalties não ficou como planejado. O ônus de vetar a distribuição entre Estados e municípios foi jogado de propósito para o presidente Lula. Os deputados votaram o que o governo queria, mas com um limite. Vetar a divisão dos royalties seria assumir um desgaste com as bases eleitorais. Descontentes com os rumos das negociações envolvendo o governo Dilma Rousseff, os líderes decidiram que não valia o sacrifício.
Contatos
Em pleno período de transição, Miguel Rossetto  se reuniu ontem com o presidente Lula para tratar de biodiesel e do futuro. O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário já havia conversado longamente com Dilma. Interlocutores do gaúcho comentam que ele gostaria de voltar para a Esplanada. Mas como o cobertor está curto, Rossetto pode permanecer no comando estratégico da Petrobras Biocombustível.
Sem farda
Logo após as eleições, Jorge Gerdau havia sido sondado por Dilma para presidir o Conselhão. Ideia que a presidente eleita chegou a confirmar ontem. Depois, em conversa com o gaúcho, ela ajustou o convite para o comitê de gestão e competitividade. É uma forma de o empresário participar do governo, mas em trajes civis.
Pacificados
Ex-presidente da Conab e preferido da bancada do PMDB na Câmara, Wagner Rossi continuará na Agricultura. Os planos do partido incluem agora emplacar Mendes Ribeiro Filho nas Cidades. Nos últimos dois dias, Mendes e Eliseu Padilha têm se reunido mais de uma vez por dia com a cúpula do partido.
RECORTE E COBRE Online
A partir desta semana, as prefeituras só poderão comprar suprimentos de fornecedores com nota fiscal eletrônica. Levantamento da Famurs mostra que no Estado apenas 30 mil empresas estariam preparadas para a nova regra. O presidente da entidade, Vilmar Zanchin, encaminhou pedido ao governo federal para que o prazo seja estendido por seis meses.