Correndo por fora
As mil facetas do PMDB comprometem o partido até na hora da negociação de cargos. Enquanto um grupo ligado a Michel Temer apresenta mapas e nomes à equipe de transição, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fura a fila e sugere seus favoritos à presidente eleita. Assim nasceu a indicação de Sérgio Côrtes para a Saúde, revelada horas depois de uma reunião de Cabral com Dilma Rousseff. Agora, o secretário de Saúde do Rio ficará uns dias na chuva. Se não aparecer nenhum grande escândalo ligado ao seu nome, será oficializado. A cúpula da legenda só não aceita o veto do governador fluminense a Moreira Franco. Com serviços prestados na campanha, ele briga por um lugar de destaque em Brasília.
Angústia
O Conselho Nacional do Ministério Público adiou para o dia 14 a análise do pedido de abertura de processo disciplinar contra os seis procuradores da República que denunciaram a governadora Yeda Crusius na ação do Detran. Eles viajaram a Brasília para acompanhar a sessão, mas tiveram de dar meia-volta por conta da ausência de um dos conselheiros.
Excelência
Referendado pela cúpula do partido, Mendes Ribeiro Filho era tratado como ministro ontem na Câmara. A grande questão no PMDB, porém, é onde acomodar o deputado gaúcho. Depois de ter seu nome citado para Transportes, Integração e até Agricultura, agora ele aparece na lista da Previdência e das Cidades.
Ocupado
O presidente Lula disse ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que um dos peemedebistas que gostaria de ver na Esplanada é Mendes Ribeiro. Mas, para não melindrar Rossi, esclareceu: – Não te preocupa, que não é no teu lugar.
Expressão
Em meio às discussões sobre a regulamentação da mídia, o advogado Luiz Paulo Rosek Germano lançou ontem, na biblioteca do Senado, o livro Direito de Resposta. A obra de Luiz Paulo, irmão do deputado José Otávio Germano, é uma das primeiras a tratar do tema após a revogação da Lei de Imprensa.
PARA CONFERIR ali adiante
Gaúcha nos Direitos Humanos Maria do Rosário, Fernando Haddad e Paulo Bernardo serão confirmados para o governo até sexta. Rosário vai para a Secretaria dos Direitos Humanos, com o aval do PT gaúcho. Apesar das trapalhadas no Enem, Haddad continua na Educação, e Bernardo sai do Planejamento para as Comunicações, com a missão de resolver a crise dos Correios.
