BOLETIM
POLÍTICO
Brasília, 09 de
janeiro de 2012
02 à 09 de janeiro
RESUMO: O início de 2012
começa movimentado pelas denúncias envolvendo o Ministro da Integração,
Fernando Bezerra Coelho, e pelas disputas que envolvem os postos de comando
do Poder Executivo na Reforma Ministerial, programada pela presidenta Dilma
para o início deste ano. Os principais focos de tensão encontram-se na
possibilidade de concentração de poder na mão do Partido dos Trabalhadores
(PT), o fortalecimento político do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em
função das eleições municipais deste ano e o futuro incerto que caberá ao
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
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Dia
D para Bezerra no Planalto: Ao lado de outros quatro ministros, o chefe da
pasta de Integração Nacional se reúne com Dilma Rousseff para discutir planos
contra os estragos provocados pelas chuvas. É o primeiro encontro com a
presidente após as denúncias que tiraram o irmão dele da presidência interina
da Codevasf.
Pressionado,
Bezerra dirá a Dilma que quer ficar no cargo: Cobrado por Dilma, ministro
da Integração descarta plano eleitoral e fica no cargo.
Cobrado
por Dilma, ministro da Integração descarta plano eleitoral e fica no cargo.
A candidatura a prefeito de Recife em outubro é um plano quase descartado na
cabeça do ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Na reunião prevista para
hoje com a presidente Dilma Rousseff, Coelho dirá que prefere continuar no
cargo de ministro.
Cobiça
pelos ministérios. Além de brigar pela indicação dos ministros na reforma
que Dilma fará nas próximas semanas, os sete partidos que compõem a legenda
governista disputam a verba para investimentos. O PMDB já decidiu escalar o
próprio vice-presidente Michel Temer como negociador com a presidente Dilma
Rousseff. Os correligionários de Temer sabem que não vão recuperar duas pastas:
a Saúde, hoje comandada por Alexandre Padilha, e a Defesa, pelo ex-chanceler
Celso Amorim. Tentarão alçar o Ministério das Cidades e o Ministério dos
Transportes. O PT pode perder o Ministério de Ciência e Tecnologia com a ida de
Mercadante para o MEC a possível designação de Ciro Gomes para o posto.
Oposição,
PSB e emendas. A fórmula para quebrar a maioria governista, avaliam os
oposicionistas, é minar a base de Dilma Rousseff por dentro. A jogada é de
risco. Pode passar ao eleitor a ideia de que é tudo igual e, sendo assim, não
haveria por que mudar.
Senadores
querem limitar as comissões. Duas propostas pretendem reduzir o total de
órgãos colegiados na Casa. Parlamentares reclamam de falta de tempo para
participar de debates
ESPECIAL ELEIÇÕES 2012
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PSD
embaralha a disputa nas urnas. Com quase 700 prefeitos, superando o PT, que
saiu das urnas em 2008 como a terceira legenda que mais conquistou cidades, a
"estrutura emprestada" dos vários partidos será a base com que o PSD
introduzirá mais competição aos pleitos.
No
Congresso, 1/5 quer trocar cadeira atual por prefeitura. 127 congressistas
já planejam trocar de função e disputar, em outubro, uma cadeira de prefeito.
Segundo levantamento feito pela Folha, 121 deputados federais e seis senadores