17 de nov. de 2010

Zero Hora/ Carolina Bahia

Feitiço econômico
O novo ministro da Fazenda precisará ter poderes mágicos. Somente sendo ilusionista para conseguir gerenciar um pacote de intenções que vai da correção generosa do Bolsa-Família às obras do PAC 1 e 2, sem abrir mão do ajuste fiscal. Se a promessa de redução de juros e a condução serena da política cambial é para valer, o governo terá que apertar o cinto. Caso contrário, a receita clássica é o aumento de impostos para financiar os gastos. A pauta da transição, portanto, ainda está com jeito de campanha. O fato é que Dilma Rousseff quer fazer do combate à pobreza uma marca de seu governo, e precisará anabolizar os programas sociais para resultados a médio prazo. Ações menos visíveis, contudo, são estratégicas para colocar o país nos eixos, como a organização das contas públicas e a redução da taxa Selic. Isso, sim, permitirá o crescimento da economia, com geração de emprego. Um caminho sustentável para a erradicação da miséria.
Cautela
Apesar da boataria, as negociações a respeito da sucessão no comando da Polícia Federal começarão mesmo a partir da próxima segunda. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa , volta de uma agenda de trabalho na França e poderá conversar tanto com integrantes da equipe de transição de Dilma Rousseff quanto com o governador eleito Tarso Genro.
Precoce
O temor no alto comando da segurança pública, em Brasília, é que curingas, como Ildo Gasparetto, saiam chamuscados deste clássico período de especulações. Gasparetto é cotado tanto para a Secretaria de Justiça no Estado quanto para a direção-geral da PF.
Jogada
O peemedebista Henrique Eduardo Alves pavimenta de vez o caminho para a presidência da Câmara. Ele ajudou a articular a formação do megabloco PMDB, PR, PP, PTB e PSC. Os petistas ficaram isolados.
Porteira fechada
Nomes confirmados para o secretariado no Estado estão descontentes com os rumos das negociações envolvendo segundos e terceiros escalões. A briga, agora, é para que a tal transversalidade seja adotada também nas indicações políticas.
RECORTE E COBRE
Peneira
Na próxima segunda-feira, a bancada gaúcha se reúne com prefeitos para uma análise das principais emendas a serem apresentadas ao Orçamento da União de 2011. Como o prazo final para as propostas é 23 de novembro, um dia antes os parlamentares afinam as demandas em um encontro com o governador eleito Tarso Genro. Trensurb e obras da Copa não podem ficar de fora.