27 de abr. de 2011

Saulo Brum Leal – Desembargador Aposentado

Lá vem mais um “Plano de Sustentabilidade Financeira”
  • E o Governador Tarso Genro reuniu o secretariado e expôs um conjunto de medidas denominadas de “Plano de Sustentabilidade Financeira”, com o qual pretende melhorar a situação fiscal e aumentar a capacidade de investimentos do Estado, conforme publica ZH (27.04, pág. 06).
  • O nome é pomposo e próprio de políticos inteligentes, dando a entender que haverá uma nova formula de governar. Mas não há nada de novo que as velhas raposas da politica não tenham feito. Sabem em que se fundamenta o tal Plano de Sustentabilidade Financeira. São quatro os itens, a saber:
  • 1 – aumento da alíquota de contribuição dos servidores, que hoje descontam 11% de seus salários para a previdência;
    2 – inspeção veicular para reduzir a poluição;
    3 – freio no pagamento dos pequenos precatórios; e
    4 – venda de prédios públicos desocupados.
  • Alguém, refrescando a memória, será que nunca viu esses planos em outros governos. O Tiririca, tão criticado na sua eleição, assim como o Romário, se tivessem sido os autores destes planos de sustentabilidade iriam proporcionar risadas nos e dos políticos.
  • Eu, que nunca fui politico e nem pretendo entrar nesse emaranhado de falcatruas, se propusesse tais medidas,  iria sofrer as mesmas consequências dos novos deputados federais.
  • Duas  propostas são feitas no sentido de penalizar o contribuinte com mais impostos (aumento da alíquota da previdência para o servidores  e inspeção veicular). Outra – limitar o pagamento dos precatórios a um percentual (1,5 %) da receita anual do Estado. Mais, estender a data de pagamentos dos precatórios maiores. Por fim, a última é a venda de prédios público desocupados.
  • A isso o governo denomina de “Plano de Sustentabilidade Financeira”, mas eu acho que  isso é coisa de gente que pensa que engana o povo, coisa mesmo de economês, querendo passar o cachorro nos incautos.
  • Quando é outro governo que propõe tais medidas, saltam os deputados opositores e do alto da tribuna ocupam todos os espaços da mídia escrita e televisada dizendo que tudo é aumento de impostos. Agora quando o partido deles que governa, nada dizem, e ainda vem com denominação jocosa de planos de sustentabilidade.
  • Acho que os governos estaduais desta província não estavam preparados pra assumirem tal posto, pois nenhum deles fez nada pra melhorar o IPE, apenas se valeram da instituição pra alicerçar futuros políticos. Não entendiam nada do “metier”, mas lá estavam eles a gerir saúde dos servidores públicos.
  • Agora, muita campanha política foi sustentada pela gráfica do IPE e  o Estado nunca repassava ou continua não repassando  ao IPE os descontos efetuados no salários dos servidores.
  • Isso em direito penal chama-se “apropriação indébita”, “estelionato”, seja que tipo penal for, mas é ilegal.
  • Se o IPE está sendo questionado por médicos e servidores, pelo que paga e pelo mau atendimentos aos servidores, a culpa exclusiva é do Estado arrecadador e não repassador dos recurso. Pasmem a nova formula de governar: aumentar a alíquota de contribuição.
  • Outra formula “mágica” de governar e arrecadar, sob o manto que de isso pode reduzir a poluição (ver ZH pág. 6).
  • Ridículo, implementar  mais um imposto incrustado junto com o IPVA. Bastava a BM ou os Azuizinhos fazerem blitz em pontos estratégicos da Capital e inspecionar os carros velhos que circulam pela cidade, sem as mínimas condições de trafegabilidade. Mas não.
  • Eles fazem inspeção as sexta-feiras na Nilo Peçanha examinando documentos de carros 2011. Tal fiscalização cria problemas no trânsito e nos locais onde circulam carros velhos a fiscalização nem aparece por lá.
  • Publica a ZH, e ela deve saber com precisão – que o Estado é dono de mais de 10 mil imóveis, mas que pretende vender 1,6 prédios públicos sem uso ou transferindo  para imóveis próprios repartições que funcionam em prédios alugados. Afirma ainda a notícia que o Estado gastará mais de 45 milhões (de pasmar) este ano com aluguel.
  • Não é crível que o estado PAGUE aluguel, quando é proprietário de 10 mil imóveis.
  • Inserido na noticia que no Governo Rigotto foram vendidos apenas quatro (4) imóveis - pasmem para a quantidade em quatro anos de governo. 
  • E no governo de Yeda apenas um. É muita incompetência para comercializar.
  • Bastava pedir autorização para o legislativo e contratar imobiliária para efetuar a venda ou dar em pagamento de dívidas  dos precatórios de maior valor.
  • Certamente os credores iriam ficar satisfeitos, pois rapidamente efetuariam a venda do imóvel através de  algum corretor com capacidade de comercialização maior e melhor que o governador de plantão.
  • Isso que nem falei dos precatórios de maior valor que o governo, parece que não paga desde 1998.
  • E depois os políticos gaúchos vangloriam-se de serem os melhores do Brasil, mas o Estado está literalmente falido há muitos anos, ao contrário dos outros Estados.
  • Lá vem mais um “Plano de Sustentabilidade Financeira”
Saulo Brum Leal – Desembargador Aposentado
Porto Alegre/RS