13 de mar. de 2012

Dilma usa Braga  para ‘punir’ cúpula do PMDB
A substituição de Romero Jucá (RR) por Eduardo Braga (AM), na liderança do governo, foi decidida pela presidenta Dilma à revelia dos principais aliados no Senado, José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL). Irritada com a derrota da recondução do diretor-geral da Agência de Transportes Terrestres (ANTT), ela liberou senadores do PT como Lindbergh Farias (RJ), para criticar a atuação de Jucá, fragilizando-o, e convidou um político que se opõe à liderança de Calheiros no PMDB.
Desde sexta
O senador Eduardo Braga ouviu o convite de Dilma, por intermédio de Ideli Salvati, numa reunião para a qual foi convocado às 9h30 de sexta.
Fato consumado
Nesta segunda, a presidenta Dilma chamou o senador Renan Calheiros para uma conversa de 1h40 de duração, e o informou da mudança.
Últimos a saber
Jucá e José Saney ficaram sabendo da novidade nesta segunda pelo próprio Eduardo Braga, que já não aguentava esconder a novidade.
Providencial
Renan nem pode se queixar muito. Deslocando Braga para a liderança do governo, Dilma reduziu a bancada dos que o contestam no PMDB.
Dilma pode ajudarseu ex-PDT a se reencontrar.
Com a escolha do novo ministro do Trabalho, que é da cota do PDT, a ex-pedetista Dilma Rousseff poderá ajudar o partido a reencontrar as origens, após o longo domínio de sua banda podre. Ela recusou as indicações do ex-ministro Carlos Lupi, que chefia o partido, e queria no cargo o deputado Vieira da Cunha (RS), mas ele foi vetado. Com isso, Dilma se fixou no deputado Brizola Neto, que se opõe a Lupi, no PDT.
Uma boa idéia...
Repercute bem no Congresso o projeto da Lei da Responsabilidade Funcional, concebido pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
...inspirada na LRF...
O projeto de Cunha Lima é inspirado na Lei de Responsabilidade Fiscal, que pôs fim ao saque dos cofres públicos para pagar salários.
...definindo papéis
A Lei de Responsabilidade Funcional definirá o papel de cada servidor, incluindo o governante, em eventuais malfeitorias com dinheiro público.
Cargos que ‘furam poço’
A imparável ganância petista por cargos, que provocou a rebeldia dos partidos da base aliada, é traduzida em números: o PT-SP controla os treze principais ministérios e fundos de pensão bilionários, como Petros (Petrobras), Previ (Bando do Brasil) e Centrus (Banco Central).
Muito a explicar
A oposição promete colocar o ministro Guido Mantega (Fazenda) contra a parede, no Senado. Querem explicações sobre as denúncias de corrupção do seu amigo Luiz Felipe Denucci na Casa da Moeda.
Ficha Inócua
Presidente da Frente contra Corrupção, Francisco Praciano (PT) convidou a ministra Eliana Calmon para reunião na Câmara. Vai propor que o CNJ obrigue juízes a disponibilizar, na internet, os processos contra políticos. “Do jeito que está, a Ficha Limpa acaba inócua”.
Na torcida
Se depender do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o candidato do PT à prefeitura de Recife será o senador Humberto Costa. Em caso de vitória, assumiria seu suplente Joaquim Francisco, do PSB.
Pai do kit gay
A guerra dos evangélicos não acabou. O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC) acha até que Fernando Haddad (PT) “poderia ser eleito prefeito de São Paulo se não tivesse se tornado pai do kit gay”.
Vai dar trabalho
Para o tucano Vanderlei Macris, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, terá dificuldade de levar o PSB apoiar Fernando Haddad (PT) em São Paulo: “O PSDB abriu mão da prefeitura de Campinas para o PSB, que até ocupa secretaria no governo tucano”.
Virou bandeira
A bancada do PCdoB vai discutir se transforma em bandeira a proposta de Protógenes Queiroz (SP) de criar uma CPI para investigar o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A proposta tem apoio do PT.
Bienal de Brasília
Brasília terá a 1ª Bienal do Livro e da Leitura, de 14 a 23 de abril, com escritores consagrados como o nigeriano Wole Soyinka. Gentis, os organizadores convidaram a Câmara Brasileira do Livro ao evento, sem ônus e sem trabalho. Recusou. Não admira a situação do livro no País.
Pergunta na Esplanada
Após Eduardo Braga, qual o senador da bancada de descontentes do PMDB que vai trocar sua ”independência” por uma boquinha?
Jucá será indicado pelo PMDB para ser relator do Orçamento 2013
Após ser retirado da liderança do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) vai ser indicado pelo PMDB para relatar o Orçamento de 2013 no Congresso. Segundo o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), o objetivo é prestigiar o colega, mas ele negou que seja um "prêmio de consolação": "É um espaço do PMDB que, com muita honra, vamos pedir que ele exerça. O Romero é um quadro experiente do partido, é muita honra que nos represente na Comissão de Orçamento", afirmou Renan.
Senado: ministra é convocada paraexplicar suas relações com o Ecad
Senador Randolfe Rodrigues conseguiu aprovar nesta terça (13) um requerimento para convocar a ministra Ana de Holanda (Cultura) a dar explicações na Comissão de Educação da Casa. Ela é acusada de favorecer o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que monitora os veículos de comunicação a fim de garantir que o executor da música pague pelos direitos autorais. A pasta tem paralisado suas ações e aumentado as suspeitas a respeito de fraudes no Ecad. O Ministério da Cultura reabriu a consulta pública do anteprojeto de lei sobre direitos autorais e retirou a licença Creative Commons de seu site - o que motivou ainda mais o desgaste na gestão de Holanda. Um manifesto assinado por 2 mil pessoas pede mudança nos rumos do MinC.
Vaccarezza confirma saída da liderança
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) anunciou oficialmente há pouco que deixou a liderança do governo na Casa. Ele confirmou que foi comunicado de sua saída pela presidenta Dilma Rousseff nesta terça (13) pela manhã. O deputado defendeu sua gestão à frente da liderança do governo dizendo que não houve derrota do Executivo sob o seu comando e que sua substituição tem caráter político. “Acho que pode haver a troca por ser incompetente, não ser leal, não ter base ou pode ser por razão política. No meu caso, a razão é política”, disse. O deputado disse ainda que Dilma pediu a indicação de nomes para substitui-lo no cargo, mas ele preferiu não opinar.